Conhecimentos tradicionais no enfrentamento da Covid-19
Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais produz boletim semanal com relatos de mestras e mestres
Comunidades indígenas, quilombolas e terreiros de axé são alguns dos povos tradicionais que apresentam dificuldades para acessar políticas públicas, em meio à pandemia do novo coronavírus. Em entrevista à TV UFMG, Makota Kidoiale (Cássia da Silva) relata as dificuldades enfrentadas para proteger a matriarca do do quilombo Manzo Ngunzo Kaiangoa, que faz parte de grupo de risco, além de medidas adotadas para garantir o sustento da comunidade. Por outro lado, Makota também ressalta que a pandemia reforça a importância da união de diferentes matrizes de conhecimentos para criação de saídas para a crise e de novos modelos de vida em sociedade. “A gente entendeu que, aqui na frente, precisou-se cruzar os saberes científicos com os saberes tradicionais para poder salvar vidas, que é o que a gente sempre fez aqui, mas que o Estado nunca reconheceu”, defende.
Para mostrar como a pandemia da Covid-19 e o distanciamento social estão sendo vivenciados por populações tradicionais, o Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG está produzindo boletins informativos, com relatos de mestras e mestres que propõem a aliança de prescrições científicas a saberes baseados na prática cotidiana e na ancestralidade.
Ficha técnica: Yves Vieira (produção); Otávio Zonatto (edição de imagens); Olívia Resende (edição de conteúdo).