Para Andifes e AUGM, reitor nomeado deve ser o primeiro colocado da lista tríplice
Escolha não pautada por esse critério fere a autonomia universitária, avaliam instituições
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e a Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) manifestaram-se, por meio de notas oficiais, em favor da nomeação para reitores das universidades federais dos primeiros colocados das listas tríplices elaboradas em suas instituições.
“A prática, historicamente consolidada, é que a comunidade universitária seja consultada diretamente sobre qual projeto acadêmico-pedagógico e de gestão a universidade deve orientar os destinos da instituição. Após essa escolha, um colégio eleitoral especial elege uma lista tríplice, ordenada do mais votado ao último colocado”, explica a Andifes em nota assinada pelo seu presidente, o professor Edward Madureira Brasil.
No entendimento da Andifes, “a nomeação como reitor, do escolhido majoritariamente pela comunidade universitária, unindo a legitimidade, a legalidade e a impessoalidade, garante a sintonia do dirigente com o projeto acadêmico da universidade e a liderança institucional também necessárias para a gestão eficiente e plural, em benefício da sociedade”.
Atropelo
Em sua manifestação, a AUGM faz referência à nomeação, no último dia 15, do novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que não foi o mais votado pela comunidade universitária. “Tal circunstância aparece como uma afronta às manifestações livres e democráticas da comunidade universitária dessa instituição, uma deslegitimação de sua nova condução e um claro atropelo da autonomia universitária constitucionalmente reconhecida", registram o presidente da instituição, Enrique Mammarella, e a vice-presidenta Sandra Regina Goulart Almeida, reitora da UFMG.
A AUGM é uma rede formada por 40 instituições de ensino superior públicas da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Chile, do Paraguai e do Uruguai.