Para Fiocruz Minas, problemas administrativos não podem ser transformados em casos policiais
A Fiocruz Minas vem a público manifestar apoio aos colegas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), submetidos à condução coercitiva na manhã desta quarta-feira (6/12), sob alegação de irregularidades no Projeto Memorial da Anistia. A Polícia Federal entrou na Universidade e, sem explicações, levou várias pessoas, entre elas o reitor da UFMG, Jaime Ramirez; a vice-reitora, Sandra Goulart; a ex-vice-reitora Heloisa Starling, professores, além de diversos materiais para consulta.
O Memorial da Anistia foi proposto pela comissão de Anistia há mais ou menos 10 anos numa parceria com a UFMG. O Memorial simboliza um ato de resistência e de fortalecimento dos direitos humanos. Curiosamente, esta ação da Polícia se dá as vésperas da inauguração do Memorial prevista para o dia 10/12.
Recentemente, vimos o mesmo procedimento absurdo e truculento acontecendo na Universidade Federal de Santa Catarina, com consequências trágicas. Não podemos aceitar que supostos problemas administrativos se transformem em casos policiais.
Dessa forma, a Fiocruz Minas repudia mais esse ataque ao estado democrático de direito e se solidariza com os colegas que foram conduzidos coercitivamente e toda a comunidade da UFMG.