Institucional

Para fórum da área de educação, ações policiais estão se tornando banais, ostensivas e ofensivas

Na manhã de 6 de dezembro, a Polícia Federal promoveu mais uma ação midiática, desproporcional, arbitrária e de ostentação ao usar de prerrogativas legais para promover perseguições, agora, contra dirigentes e ex-dirigentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Mais uma vez dirigentes universitários são conduzidos coercitivamente, em procedimento que, de maneira geral e absolutamente preocupante, vem se tornando banal, ostensivo e ofensivo, atentando contra o amplo direito de defesa e a dignidade de pessoas. Tais dirigentes, por certo, estariam à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários, por serem pessoas públicas e com endereço conhecido. A medida reforça nosso repúdio à forma como pessoas vem sendo tratadas em nosso país por autoridades policiais e do judiciário, com achincalhamento público prévio.

A ação é mais uma medida que atenta contra a democracia, contra as conquistas sociais e contra a Universidade Pública e seu papel emancipatório e estratégico para a soberania e o desenvolvimento nacional, notadamente por voltar-se a projeto da Universidade Pública, que conta com inúmeras parcerias: o Memorial da Anistia Política do Brasil, que visa resgatar a memória e a verdade histórica subjacente à Ditadura Militar no país.

O trágico caso do Reitor Cancellier, e o pedido de investigação de abuso de autoridade, parece não constranger ações pirotécnicas, seletivas e desproporcionais que objetivam manchar reputações, atacar professores e professoras, pesquisadores e pesquisadoras, estudantes, servidores e servidoras e promover o desmonte da Educação Superior Pública, laica, gratuita, inclusiva e em defesa da Democracia.

A defesa da instituição é um compromisso ético de todos e todas e, por essa razão, manifestamos nossa indignação e reivindicamos o imediato esclarecimento da ação e a responsabilização pelas arbitrariedades e humilhações.

Fórum Nacional Popular de Educação