Perfil: Carlos Filgueiras concilia química inorgânica com história da ciência
Aos 75 anos, professor do ICEx acaba de ser nomeado Pesquisador Emérito do CNPq
"Não existe, em nenhuma outra área do conhecimento, uma enciclopédia tão abrangente que caiba numa folha de papel”, diz o professor Carlos Alberto Filgueiras, enquanto abre um pôster da Tabela Periódica. Com entusiasmo contagiante, ele conta um pouquinho da história da tabela, criada há 150 anos pelo russo Dmitri Mendeleev. “Ela começou com 63 elementos, e hoje são 118. Mendeleev previu as características dos elementos ainda por encontrar, e a própria tabela orientou as novas descobertas”, explica o professor do Departamento de Química, emérito da UFMG, que acaba de ser nomeado Pesquisador Emérito do CNPq.
O assunto surgiu quando Filgueiras, ao receber a reportagem do BOLETIM, contou que se prepara para fazer palestras pelo país destinadas a celebrar, em 2019, o Ano Internacional da Tabela Periódica. Aos 75 anos, Carlos Alberto Filgueiras mantém ali uma sala e compromissos com ensino, pesquisa e extensão.
O pesquisador, que se dedicou, sobretudo, à química inorgânica, considera que sua maior contribuição foi na investigação sobre o estanho, mas, tanto quanto de seu trabalho no laboratório, Filgueiras se orgulha de seu envolvimento com a história da ciência. “Sou um esquizofrênico assumido”, brinca.
A trajetória e as ideias de Filgueiras foram abordadas na edição 2.050 do Boletim UFMG.