Pesquisa da UFU analisa agressões sofridas por mulheres em jogos eletrônicos
Larissa Guimarães, autora do trabalho, conversou com o programa Expresso 104,5
Nessa segunda-feira, 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. A data comemorativa reflete a luta das mulheres pela representação dos seus direitos nos movimentos trabalhistas e, atualmente, expandiu seu significado para a igualdade da mulher em todos os âmbitos civis e humanitários. Os dados do Disque 100 e Ligue 180, divulgados em um relatório da véspera do dia 8 de março, mostraram que foram registradas mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher em 2020. Em discurso, a ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que esse número se deve ao fato de agressor e vítima estarem em isolamento dentro de casa, aumentando as ocorrências.
Vários fatores influenciam no aumento de casos de violência contra a mulher e também para a impotência da vítima, como a dependência econômica, que pode ter sido agravada na pandemia. Uma estudante de ciências sociais da Universidade Federal de Uberlândia começou a investigar como essa violência aparece em outro ambiente, o digital, e com um público específico, as mulheres gamers.
Larissa Guimarães apresentou a monografia de Mulheres e Games: Um estudo da objetificação das mulheres nos jogos eletrônicos e, após analisar 144 depoimentos anônimos de adolescentes e jovens mulheres na faixa dos 19 aos 29 anos, chegou a algumas conclusões sobre como se dá a agressão e a submissão da mulher nos espaços de jogos on-line. Ela falou sobre o trabalho em entrevista ao programa Expresso 104,5, da Rádio UFMG Educativa, nesta sexta-feira, 12.