Pesquisadora investigou o cotidiano de jovens em situação de semiliberdade
Nesta segunda-feira, 19, Jorddana de Almeida falou sobre o trabalho no programa Expresso 104,5
De um lado, o desejo de reconquistar a liberdade e estar em dia com a sociedade; do outro, as dificuldades de deixar para trás o vínculo com o crime e escapar de um ciclo de exclusão social. Essa realidade é vivenciada por milhares de jovens que cumprem medidas socioeducativas em regime de semiliberdade.
Entender melhor as experiências, desejos e perspectivas desses jovens foi o que motivou a pedagoga Jorddana Rocha de Almeida em sua pesquisa de mestrado. O resultado foi exposto na dissertação No fio da navalha: sentidos das experiências e projetos de futuro de jovens em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade, defendida em julho de 2017, no Programa de Pós-graduação Conhecimento e Inclusão Social em Educação, da Faculdade de Educação da UFMG.
Como parte do estudo, a pesquisadora entrevistou nove adolescentes do sexo masculino, com idades de 13 a 18 anos, moradores de uma casa de semiliberdade em Governador Valadares, cidade da região leste de Minas Gerais.
“A pretensão de mudança de vida [desses jovens] é minada porque o contexto já está consolidado. Muitos dos jovens integravam grupos em seus territórios, chamados por eles de ‘fechamentos’, e eram alvos de grupos rivais. Além disso, seguiam inseridos em um ciclo de exclusão social, expostos à violência e com seus direitos básicos violados”, afirmou Jorddana de Almeida, em entrevista concedida ao Boletim UFMG.
Nesta segunda-feira, 19, a pedagoga, que também integra o Observatório da Juventude, falou mais sobre o tema durante entrevista concedida ao programa Expresso 104,5, da Rádio UFMG Educativa.
A dissertação No fio da navalha: sentidos das experiências e projetos de futuro de jovens em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade pode ser encontrada na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG.