Professora da UFMG explica relação entre covid-19 e trombose
Incidência da doença em pacientes internados com o novo coronavírus chega a 30%
Com o agravamento da infecção pelo novo coronavírus, uma grave intercorrência pode surgir durante a internação hospitalar dos pacientes: a trombose. A doença ocorre quando um coágulo começa a obstruir uma veia ou artéria. Esse coágulo pode se desprender dos vasos sanguíneos e se alojar em órgãos como o pulmão, causando a embolia pulmonar, que gera dor, tosse, falta de ar, entre outros sintomas, e pode ser fatal.
Estudos recentes indicam que a covid-19 pode ter uma associação mais estreita com a trombose: em pacientes graves infectados pelo novo coronavírus, a incidência da doença é de 30%. Contudo, essa informação não é tão precisa já que os pacientes que apresentam a forma grave da doença também são os de maior propensão ao desenvolvimento da trombose: imobilizados pela internação hospitalar, eles têm idade avançada e apresentam comorbidades, como problemas cardíacos, hipertensão e diabetes.
A professora Suely Rezende, do Departamento de Clínica Médica da UFMG, produziu, em parceria com médicos de todo o país, protocolo que estabelece os cuidados que devem ser dedicados a pacientes graves infectados pelo Sars-CoV-2 que apresentam trombose. Veja o documento em inglês.
Ficha técnica: Luíza Martins (produção e reportagem), Marcos Vinícius (videografismo), Marcia Botelho (edição de imagens) e Jessika Viveiros (edição de conteúdo)