Saúde

'Receitas' contra a dengue proliferam nas redes sociais

Pesquisadores da UFMG sustentam que eficácia do inhame, da própolis e de outros 'remédios' não é comprovada cientificamente

Em 2019, já foram registrados, em Minas Gerais, mais de 209 mil casos de dengue, entre suspeitos e confirmados, segundo balanço, divulgado no último dia 7, pela Secretaria Estadual de Educação. Houve 25 mortes. 

Com tantos casos da doença – o número já é sete vezes superior às notificações de 2018 –, várias receitas para evitar ou curar a dengue têm circulado nas redes sociais. A TV UFMG procurou a professora Marise Fonseca, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, e o pesquisador Marcelo Resende, do Departamento de Parasitologia do ICB, para verificar o que realmente funciona. Assista!

Há quatro tipos de vírus da dengue, e cada pessoa pode desenvolver todas as modalidades da doença ao longo da vida, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente a ele. O mosquito Aedes aegypti é o responsável pela transmissão do vírus. Como o inseto precisa de água parada para se proliferar, a recomendação é eliminar pontos de acúmulo de água, já que seus ovos podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

Em caso de sintomas como febre alta, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas e atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e vômitos, a recomendação é procurar um médico. Saiba mais sobre a doença na página do Ministério da Saúde.

Entrevistados: Marise Fonseca, professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade Medicina da UFMG, e Marcelo Resende, pesquisador do Departamento de Parasitologia do ICB

Equipe: Leonardo Milagres (reportagem), Cássio de Jesus (imagens), Samuel do Vale (imagens), Mário Quinaud (direção de fotografia), Márcia Milagre (direção de imagem), Marcia Botelho (edição de imagem), Jessika Viveiros (produção e edição de conteúdo)