Programa Conexões analisa crise política haitiana e assassinato do presidente do país
Em entrevista, professor de relações internacionais da Unila fez um panorama político do país
Na última quarta-feira 7, o presidente eleito do Haiti, Jovenel Moise, foi morto durante um ataque em sua casa, que foi invadida por um grupo de pessoas não identificadas. Moïse tinha 53 anos e estava no poder desde fevereiro de 2017, depois que seu antecessor, Michel Martelly, deixou o cargo. O assassinato do chefe de Estado haitiano ocorreu em um cenário conturbado e cada vez mais agravado de crise política. Na última semana, em um ataque coordenado, pelo menos 20 pessoas ligadas ao governo ou à oposição foram mortas na capital do país, Porto Príncipe. A ONU declarou que a violência no país atingiu "níveis sem precedentes".
O programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, desta sexta-feira, 9, recebeu o professor Fernando Romero Wimer, dos cursos de graduação e pós-graduação em relações internacionais da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila). Na conversa com a jornalista Luíza Glória, ele abordou o cenário de crise política do Haiti e a falta de interesse da comunidade internacional na situação do país latino-americano.
“Uma preocupação relativa ao cenário haitiano é sobre o que vai acontecer com a eleição marcada para setembro e se haverá uma representação expressiva dos cidadãos do país, para que não se crie novamente uma desconfiança sobre o governo eleito ou para que as eleições não sejam alegadas como fraudulentas”, afirmou.
Produção: Laura Portugal, sob orientação de Luíza Glória
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael