Projeções matemáticas comprovam necessidade de isolamento social
No sexto episódio da série “Por que ficar em casa?”, professor do Departamento de Matemática explica como projeções podem orientar políticas públicas
O número de casos de coronavírus em Belo Horizonte em um único dia pode ser mais que o dobro do número de leitos disponíveis na capital mineira. Esse é o resultado de uma projeção liderada por pesquisadores do Departamento de Matemática da UFMG, que evidencia a necessidade das medidas de isolamento social. O estudo mostra que se as pessoas não tivessem adotado medidas de distanciamento social espontaneamente em BH a demanda sobre os hospitais poderia ser ainda maior.
Esse é o tema do sexto episódio da série Por que ficar em casa?. O professor do Departamento de Matemática da UFMG Ricardo Takahashi explica como a taxa de contato entre as pessoas influencia no número de casos de Covid-19 e de que forma as projeções matemáticas podem orientar o poder público na tomada de decisões em uma crise como essa.
A série Por que ficar em casa? tem nove episódios, nos quais nove cientistas de nove diferentes áreas apresentam as evidências que embasam as medidas de isolamento social como forma de contenção do coronavírus. No primeiro episódio, o infectologista Carlos Starling falou sobre o impacto da Covid-19 sobre o sistema de saúde brasileiro.
No segundo episódio, o cientista político Eduardo Marques, da USP, mostrou por que as condições precárias de habitação no Brasil representam um entrave para o isolamento apenas dos chamados grupos de risco.
O tema do terceiro episódio, com a professora da Escola de Enfermagem da UFMG Deborah Carvalho Malta, foi a alta incidência de doenças crônicas entre os brasileiros. Elas representam um fator de risco para infecção pelo coronavírus e é mais um motivo para que as pessoas fiquem em casa.
No quarto episódio da série, as lições da história. A professora Myriam Bahia Lopes, da Escola de Arquitetura da UFMG, coordenadora do Núcleo de História da Ciência e da Técnica da UFMG contou como a cidade de Leicester, na Inglaterra, conseguiu conter a epidemia de varíola no século 19 graças à medidas de higiene pessoal e isolamento social.
O quinto episódio da série falou sobre as consequências da demora na implementação de medidas de isolamento social na Itália. A entrevistada foi a professora do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG Fernanda Cimini.
Amanhã (29/04), no sétimo episódio, o professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Douglas Sathler explica por que a concentração da população brasileira em grandes cidades é um prato cheio para a disseminação do coronavírus.
A série pode ser ouvida no rádio (frequência 104,5 FM), no Programa Conexões (das 9h às 12h), no site da emissora hospedado no Portal UFMG e pelo IGTV do perfil da emissora noInstagram.