Rede Genoma planeja investir em estudos sobre microbiomas
Grupo coordenado pelo professor Vasco Azevedo se reúne na quarta para traçar estratégias de trabalho
A assinatura digital das bactérias presentes em queijos artesanais e o prejuízo que o desastre de Mariana provocou no solo do Vale do Rio Doce são exemplos de pesquisas que podem ser desenvolvidas com base no estudo de ecossistemas microbiológicos ou microbiomas.
Facilitada por novos e avançados equipamentos, esse tipo de pesquisa – que alia recursos de análise de genomas, transcriptomas e epigenomas de organismos – foi escolhido como principal foco de trabalho pelo novo comitê gestor da Rede Genoma de Minas Gerais, agora coordenada pelo professor Vasco Ariston Azevedo, do Departamento de Biologia Geral do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).
“Nesse novo projeto, MIN.AS Microbioma, vamos trabalhar com um eixo temático integrador e interdisciplinar, envolvendo aproximadamente 77 profissionais de diferentes áreas do conhecimento como genética, bioquímica, microbiologia e bioinformática de sete instituições de ensino e pesquisa, explorando o estudo sistêmico de microbiomas oriundos de diferentes ambientes”, explica o professor.
A Rede vai reunir seus integrantes na tarde desta quarta-feira, 22, para discutir perspectivas de trabalho, que incluem maior investimento em formação de recursos humanos e ampliação da integração dos diferentes grupos de pesquisa.
Palestra
Às 14h, antes da reunião de trabalho, haverá palestra aberta ao público, no auditório 3 do ICB, ministrada por Flávia Reis, que falará sobre Sequenciamento SMRT, equipamento que faz a leitura de fragmentos de genoma com alta precisão, favorecendo a verificação de variações estruturais e sequências complexas.
Segundo Vasco Azevedo, a intenção é mostrar aos pesquisadores a importância de unir esforços, em futuros editais, para aquisição de equipamentos de tecnologia de ponta que venham aperfeiçoar a estrutura disponível nas instituições que integram a Rede.