Sandra Goulart apresenta ecossistema de inovação da UFMG em conferência de ciência e tecnologia
Evento debate estratégias e políticas públicas para o setor até 2030
Na tarde desta quinta-feira (1º), a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, participou, em Brasília, da mesa Educação superior e os sistemas territoriais de inovação, que integrou a programação da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). O debate foi sobre demandas e planejamento de políticas públicas estratégicas para o Brasil até 2030. A atividade foi transmitida no canal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no YouTube, onde permanece disponível.
A reitora apresentou o que chamou de “ecossistema de inovação” da Universidade, ou seja, “todos os agentes envolvidos nesse processo, tanto do ponto de vista administrativo quanto de ensino, pesquisa e extensão”. Entre eles, Sandra Goulart incluiu os parques tecnológicos, as incubadoras de empresas, as empresas spin-offs e as demais iniciativas de empreendedorismo.
“Criamos na UFMG um fórum de inovação e tentamos colocar todos os atores para conversar. Os centros de pesquisas precisam ser transdisciplinares e multiusuários, não apenas nas instituições, mas nacionalmente, já que não se pode reproduzir as mesmas estruturas em todos os lugares. No mundo inteiro, valoriza-se a importância de trabalhar em rede”, exemplificou.
Sandra Goulart mencionou o marco regulador em Ciência e Tecnologia, que prevê o estabelecimento de alianças estratégicas — instrumentos que, segundo a reitora, tendem a ser mais aproveitados na Universidade. “Isso nos dá possibilidades de estabelecer parcerias de inúmeras naturezas e nos ajuda a conhecer melhor nossos parceiros na iniciativa privada”, acrescentou. A dirigente informou, por fim, que a UFMG oferece aos seus estudantes a possibilidade de formação transversal em empreendedorismo e inovação — temática também explorada nos cursos de pós-graduação e nas atividades de extensão da Universidade.
Cases
A reitora listou alguns cases emblemáticos da inserção da UFMG na indústria por meio da tecnologia desenvolvida na Universidade: o Nanotech Hub, inaugurado em 2023, é uma aliança estratégica entre a instituição e a empresa farmacêutica alemã Merck, cujo objetivo é acelerar o desenvolvimento de tecnologias e negócios na área de nanotecnologia.
Outra parceria, como relatou Sandra Goulart, resultou na Vaxxon, a vacina para tilápias produzida com variantes genéticas brasileiras. “Em apenas três anos, conseguimos começar a produção, que tem tido sucesso”, comentou a reitora. Entre as empresas spin-offs da UFMG, ela mencionou a Nanonib, de produtos para a pele, entre outros, com tecnologia à base de nióbio, a Kunumi, dedicada à inteligência artificial, recentemente vendida para o Bradesco, e a FabNS, que ganhou notoriedade ao desenvolver o nanoscópio óptico de maior resolução do Hemisfério Sul.
Ontem, outros dois professores da UFMG participaram da conferência. Clélio Campolina Diniz, da Faculdade de Ciências Econômicas, reitor da UFMG na gestão 2010-2014, foi debatedor na mesa Cooperação universidade-empresa: articulação e adequação de instrumentos. O professor Marcos Pimenta, do Departamento de Física, comandou os trabalhos da mesa Minerais estratégicos no contexto de um projeto nacional.