Oficina do Festival de Verão relaciona ciclo lunar e sentimentos femininos
Proposta é estimular mulheres a usarem a mandala lunar como instrumento de autoconhecimento
O modo como as fases da lua interferem no humor e no comportamento das pessoas sempre intrigou os astrólogos. A oficina Eu vivo sempre no mundo da lua, que integra a programação do 12º Festival de Verão da UFMG, pretende desvendar esse mistério. O objetivo da atividade é ajudar as participantes a entenderem o modo como os ciclos lunares influenciam na vida das mulheres, além de ensiná-las a usar a mandala lunar como ferramenta de autoconhecimento.
Segundo a professora Márcia Lousada, que vai ministrar a oficina, os diferentes ciclos lunares interferem nos sentimentos, comportamentos e atividades cotidianas das mulheres. “O calendário lunar é uma ferramenta que permite que a mulher se conheça melhor. Em uma experiência pessoal, comecei a usá-lo e vi que as fases da lua estavam relacionadas aos momentos e sentimentos pelos quais eu passava. A mulher é um ser cíclico, e a lua também é cíclica, daí a semelhança”, explica.
A professora acrescenta que as fases do ciclo menstrual estão ligadas às fases da lua: “Cada mulher é única e se comporta de uma maneira diferente durante o ciclo menstrual, mas todas vivem esse período e podem usar o calendário à sua maneira, descobrindo os seus padrões de comportamento".
A oficina só aceita inscrições de mulheres, mas, segundo Márcia Lousada, os fundamentos do calendário lunar também podem ser aplicados aos homens. “Em experiências anteriores, vimos que as mulheres se sentiam desconfortáveis em falar do ciclo menstrual e de sentimentos íntimos na frente dos homens, por isso essa oficina será dedicada a elas. Mas o comportamento e o modo como os homens se sentem ao longo do mês também estão ligados às fases da lua”, explica.
A oficina será dividida em três momentos. Inicialmente, as participantes debaterão sobre a relação que mantém com a lua. Depois, elas vão conhecer o calendário lunar e suas diferenças com o calendário gregoriano. Na última etapa da atividade, as participantes vão aprender a utilizar a mandala lunar.
“A mandala pode ajudar as mulheres a se conectarem com elas mesmas. A sociedade cobra que as mulheres sejam boas donas de casa, mães, esposas e profissionais. O calendário lunar as ajuda a entender que esse lugar idealizado não é real. Todas as mulheres têm momentos bons e ruins, então precisamos aprender que a variação de humor e de comportamento é normal”, conclui Márcia Lousada.
Universos em expansão
O Festival de Verão, que será realizado de 5 a 8 de fevereiro, tem como tema Universos expandidos. A ideia é chamar a atenção para a forma como o conhecimento expande a existência e a própria percepção que se tem dela.
Oficina: Eu vivo sempre no mundo da lua
Público-alvo: mulheres de 18 a 40 anos de idade.
Período: 5 a 8 de fevereiro de 2018
Horário: 13h às 17h
Carga horária: 16 horas
Vagas: 20
Local: Espaço do Conhecimento UFMG – sala 2
Classificação etária: a partir de 18 anos