Pesquisa e Inovação

Relação entre ergonomia, esforço cognitivo e saúde é tema de workshop internacional

Pesquisadores nos campos da linguística aplicada, estudos da tradução, saúde, ergonomia, engenharia de produção e administração de empresas, entre outros, se reúnem no campus Pampulha, na próxima semana, durante o workshop Ergonomia e tecnologização do trabalhador do conhecimento: esforço cognitivo, criatividade e questões relacionadas à saúde. As atividades serão realizadas nos dias 12 e 13, das 9h30 às 18h, no auditório 2003 da Faculdade de Letras (Fale). As inscrições devem ser feitas até este domingo, 10.

Palestras e conversas estarão concentradas sobre pesquisas conjuntas realizadas pela UFMG e pela ZHAW's School of Applied Linguistics, da Suíça. A expectativa é de que a combinação de perspectivas dos campos distintos resulte em novas abordagens metodológicas nas áreas de cognição situada e de interação homem-máquina. De acordo com os organizadores, as diferenças entre Brasil e Suíça proporcionam oportunidades de rica discussão sobre estudos de caso com base nos arcabouços teóricos utilizados pelos participantes.

As pesquisas que relacionam ergonomia, esforço cognitivo e saúde partem do pressuposto de que, quando trabalhadores do conhecimento executam tarefas que exigem muita atenção e concentração, eles precisam empregar energia e, principalmente, recursos cognitivos para compensar desconforto e frustrações com ferramentas de trabalho, tecnologia ou problemas organizacionais.

Ainda segundo os organizadores, o esforço necessário para um trabalho de qualidade está supostamente relacionado à ergonomia do ambiente de trabalho, o que, por sua vez, pode afetar a saúde dos profissionais. E, naturalmente, aspectos negativos relacionados à ergonomia física, cognitiva e organizacional podem prejudicar a criatividade, o desempenho e a satisfação profissional de quem lida com a produção de conhecimento.

A palestra de abertura do workshop estará a cargo de Maureen Ehrensberger-Dow, da ZHAW's School of Applied Linguistics. Os pesquisadores da UFMG participantes do workshop são os professores da Fale Fábio Alves e Adriana Pagano, Arlene Koglin, doutora em Estudos Linguísticos, e Norma Fonseca, que cursa o doutorado na mesma área. Eles integram o Laboratório Experimental de Tradução (Letra), que investiga aspectos do conhecimento no processo tradutório por meio de pesquisas empírico-experimentais. Seus projetos utilizam tecnologias de coleta e análise de dados que possibilitam mapear perfis de tradutores caracterizados por seu ritmo cognitivo, seu desempenho relativo à resolução de problemas e sua produção textual. Os resultados das pesquisas subsidiam propostas de formação de tradutores e modelagem computacional do conhecimento em tradução.

Inscrições devem ser feitas por meio de contato com Norma Fonseca, no endereço normafonseca@gmail.com. Outras informações estão no site da instituição suíça.