Risoleta Neves inicia estudo de tratamento que pode evitar intubação de pacientes com covid-19
Hospital será o primeiro do país a testar a oxigenoterapia hiperbárica
O Hospital Risoleta Tolentino Neves iniciou estudo que vai avaliar os benefícios da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de pacientes com covid-19. O objetivo é empregar o método como opção terapêutica em casos graves para adiar ou evitar a necessidade de intubação em pacientes com dispneia ou hipóxia.
O uso da câmara hiperbárica será feito em pacientes que atendam a alguns pré-requisitos, como os que estão internados na enfermaria de covid-19 sem indicação para intubação, os que fizeram teste PCR com resultado positivo ou que apresentem tomograma de tórax e análise clínica sugestivas para a doença que estejam com saturação de oxigênio abaixo de 93%. A expectativa é que esse tratamento, que só será adotado mediante consentimento do próprio paciente ou de familiares, evite desfechos graves com necessidade de intubação e possa reduzir sequelas e mortalidade associadas à covid.
O equipamento, que é responsável por melhorar a oxigenação e reduzir infecções no organismo, foi doado pela empresa Oxy Câmaras, comodato concedido também ao Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e será utilizado por cinco meses. Após esse período, ele será mantido pelo Centro de Regeneração Tecidual do hospital.
Em vídeo editado pela TV UFMG, o professor da Faculdade de Medicina Túlio Navarro, que lidera o estudo, explica o que é a oxigenoterapia hiperbárica, fala dos possíveis benefícios do tratamento e comenta as expectativas da pesquisa.
Equipe: Vitória Fonseca (produção), Assessoria de Comunicação Hospital Risoleta Neves (imagens), Otávio Zonatto (edição de imagens) e Renata Valentim (edição de conteúdo)