Oficina mostra como espiritualidade indígena alcança o 'bem viver'
Avelin Buniacá, da etnia Kambiwá, falou das conexões de seu povo com a natureza
Rituais dos indígenas Kambiwá, de Pernambuco, e a conexão que esse povo mantém com natureza interferem diretamente na forma de pensar e organizar o mundo. É o que ensina a oficina Espiritualidade indígena e bem viver, que está sendo ministrada pela socióloga Avelin Buniacá no âmbito da programação da 12ª edição do Festival de Verão da UFMG.
A oficina apresenta, por meio da Nhengaturupi (“palavra boa”), a espiritualidade indígena do sertão pernambucano, "conectada com a natureza e com a Mãe Jurema na construção do Bem Viver, em que outras formas de existir, que nos religam à Mãe Terra, são possíveis".
A participação de Avelin Buniacá Kambiwá no Festival de Verão não se limitou à oficina. Nesta terça, ela ministrou palestra em que criticou o viés folclórico que caracteriza a visão do senso comum sobre a cultura indígena.
Entrevistada: Avelin Buniacá Kambiwá (MG) - Etnia Kambiwá-PE
Produção e reportagem: Naíne Fernandes
Imagens: Gabriel Santana
Edição: Aline Alves