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Tese compara censura ao cinema nas ditaduras do Brasil e da Argentina

O trabalho, que recebeu menção honrosa no Prêmio Capes, é tema do programa 'Aqui tem ciência', da Rádio UFMG Educativa

Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, foi lançado em 1969, mas só foi liberado para exibição integral em 1985
Lançado em 1969, 'Macunaíma', de Joaquim Pedro de Andrade, só foi liberado para exibição integral em 1985 Sesc I Divulgação

Filmes como Mad Max, Dona Flor e seus dois maridos e Macunaíma sofreram cortes, tiveram sua exibição repetidamente adiada ou mesmo foram impedidos de circular durante a ditadura militar no Brasil. No regime militar na Argentina, não foi diferente. Por lá, o cinema também sofreu intervenção do Estado. Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da UFMG comparou as formas de censura ao cinema ocorridas nas ditaduras do Brasil e da Argentina. 

O trabalho, que ganhou menção honrosa na edição 2020 do Prêmio Capes de Teses, investigou as semelhanças e diferenças no perfil dos censores e dos conteúdos vetados nos dois países. Para desenvolver a tese, a autora do trabalho, Ana Marília Carneiro, baseou-se em documentos como arquivos de autorização ou censura dos filmes analisados pelos órgãos encarregados. Saiba mais no novo episódio do Aqui tem ciência.


Raio-x da pesquisa
Tese: Cinema e censura nas ditaduras militares brasileira e argentina
O que é: trabalho investiga as semelhanças e diferenças nos processos de censura ao cinema ocorridos durante as ditaduras militares no Brasil e na Argentina.
Nome da pesquisadora: Ana Marília Carneiro
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-graduação em História
Orientador: Rodrigo Patto Sá Motta
Ano da defesa: 2019

Leia a tese, na íntegra. A pesquisa também foi abordada em matéria publicada no Boletim UFMG em 2019, ano em que foi defendida. 

Ana Marília: trabalho também permitir refletir sobre nossos tempos
Ana Marília: trabalho também possibilita reflexão sobre os tempos atuaisArquivo pessoal

O episódio 49 do programa Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Breno Benevides, com edição de Paula Alkmim. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange
todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG
Educativa apresenta os resultados do trabalho de um pesquisador da
Universidade.

O Aqui tem ciência pode ser ouvido em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.