Praça de Serviços será palco de apresentação de grupo de Tambor de Crioula
Manifestação de origem africana é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro
O grupo Tambor de Crioula Rosa de São Benedito, do Maranhão, importante vetor de expressão da matriz cultural afro-brasileira, apresenta-se nesta quarta-feira, 26, a partir das 11h30, na Praça de Serviços, campus Pampulha. A manifestação Tambor de Crioula, que inclui dança circular, canto e percussão de tambores, é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro desde 2007.
A vinda do grupo foi idealizada pelo jornalista e graduando do curso de Biblioteconomia, Luiz Henrique Batista, no âmbito da disciplina Memória de Patrimônio. “Ao elaborar texto para um trabalho, descobri esse grupo do Maranhão, terra onde o Tambor de Crioula foi tombado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Fiz o convite, e eles aceitaram fazer uma breve apresentação em sala de aula. Depois, decidimos expandir para toda comunidade universitária em uma performance mais apurada na Praça de Serviços”, relata Batista.
Criado em 2008 pelo maranhense Paulo Lobato, o Tambor de Crioula Rosa de São Benedito é resultado da reunião de coreiros e coreiras na devoção a São Benedito. O grupo vai oferecer saias para mulheres e homens da plateia que desejarem entrar na dança.
Por mulheres
O Tambor de Crioula inclui-se entre as expressões do que se convencionou chamar de samba. São expressões derivadas, originalmente, do batuque, assim como o jongo, no Sudeste, o samba de roda, no Recôncavo Baiano, o coco, no Nordeste, e algumas modalidades do samba carioca. Uma apresentação do gênero pode ocorrer ao ar livre, em praças, no interior de terreiros, ou associada a outros eventos. Em comum, essas manifestações são praticadas especialmente em louvor a São Benedito.
A dança do tambor de Crioula normalmente é executada por mulheres e apresenta uma coreografia livre e variada. Uma dançarina de cada vez faz evoluções diante dos tambozeiros, enquanto as demais, completando a roda de tocadores e cantadores, fazem pequenos movimentos para a esquerda e para a direita, esperando a sua vez de receber a punga para substituir a que está no centro da roda.