UFMG inaugura Centro de Convivência Negra
Objetivo do espaço é promover convivência e criação de estratégias para enfrentamento do racismo
Na semana passada, a UFMG passou a contar com um espaço para que a comunidade negra possa conviver e criar planos e estratégias para enfrentar o racismo e o racismo institucional, além de refletir acerca de demandas geradas pelo crescimento da população negra na universidade. A ideia é que o Centro de Convivência Negra seja o primeiro de muitos nas unidades da UFMG.
O Centro de Convivência Negra foi organizado e está sendo construído por integrantes de um coletivo de estudantes formado no último movimento de ocupações da UFMG, o Movimento Autorganizado pela Libertação, Kilombagem e Autogestão (Maloka). Na época, alunos reivindicaram um espaço na Universidade em que as pessoas negras, incluindo trabalhadores e membros da comunidade externa, pudessem se encontrar e trocar experiências.
“O processo de ocupação do ano passado foi um ponto de partida, mas a iniciativa contempla um processo histórico mais longo, iniciado em 2012, com o primeiro Coletivo de Estudantes Negros da UFMG”, explicou Ulisses de OIiveira, estudante de Antropologia e integrante do coletivo Maloka, em entrevista ao Programa Conexões.
O Centro de Convivência Negra, segundo o estudante, busca ser um espaço para que “a comunidade negra lide com suas questões de uma forma mais autônoma.” O funcionamento será na sala F-1058, no 1º andar da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). Outras informações podem ser consultadas na página do Centro de Convivência Negra no Facebook.
Ouça a íntegra da entrevista com o estudante Ulisses de Oliveira, veiculada no Programa Conexões desta segunda-feira, 30 de outubro.