UFMG põe ultrafreezers à disposição da PBH para armazenar vacinas
Equipamentos podem estocar imunizantes a temperaturas inferiores a 70 graus negativos
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida reuniu-se com o prefeito Alexandre Kalil na semana passada e pôs à disposição do município 15 equipamentos conhecidos como ultrafreezers, instalados em seus laboratórios de pesquisa em diferentes unidades. Eles destinam-se à estocagem de vacinas e medicamentos a temperaturas inferiores a 70 graus negativos e serão utilizados pela PBH em caso de aquisição de vacinas contra a covid-19 que demandem temperaturas nesse patamar para armazenamento e conservação.
“A UFMG reitera o seu compromisso, manifestado desde o início da pandemia, de atuar em conjunto com as autoridades competentes no enfrentamento ao coronavírus, de modo a apoiar ações emergenciais de vacinação contra a covid-19, o que evidencia a solidariedade de toda a sua comunidade científica", afirma a reitora.
Ainda não é possível precisar o número de ultrafreezers que serão cedidos temporariamente à PBH, uma vez que a aquisição das vacinas está em processo de definição. Cada equipamento tem capacidade para estocar cerca de 80 mil doses de vacinas. A quantidade de equipamentos disponíveis será informada pela Pró-reitoria de Pesquisa após planejamento e rearranjo logístico entre os laboratórios da Universidade. O objetivo é reorganizar a demanda e a utilização desses equipamentos entre eles assim que a Universidade for informada pelas autoridades sanitárias sobre a compra das vacinas e a real necessidade de armazenamento nos ultrafreezers.
Testagem
Entre as ações desenvolvidas pela UFMG ou com o seu apoio desde a emergência da pandemia, em março deste ano, está a realização de cerca de um terço de todos os testes PCR processados em Minas Gerais, por meio da rede Coolabs Covid-19, que faz parte do Programa Cooperativa de Laboratórios da UFMG, criado para sistematizar o atendimento às demandas da sociedade.
O projeto Coolabs Covid-19 foi estruturado com base no consórcio de sete laboratórios da Universidade criado no início da pandemia para apoiar o governo de Minas Gerais e conta com apoio financeiro da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A iniciativa aumentou substancialmente a disponibilidade e o acesso a exames moleculares para dar suporte laboratorial ao esforço de detecção da covid-19.
Em conjunto, os laboratórios realizam, em média, cerca de 800 testes diários e têm capacidade para até dois mil testes por dia, o que já ocorreu em períodos de picos de testagens no estado. Do início de março até esta segunda-feira, 14 de dezembro, os laboratórios que compõem a rede já processaram 93.167 testes de diagnóstico (do tipo RT-PCR) para a covid-19.
O programa CooLabs foi agraciado, nos últimos meses, com dois prêmios: em novembro, foi considerado a melhor iniciativa destinada ao combate à pandemia do novo coronavírus pelo Confies, entidade que congrega as fundações de apoio a instituições de pesquisa e, em outubro, recebeu o Prêmio José Costa, iniciativa do jornal Diário do Comércio e da Fundação Dom Cabral.
No momento, há quase duas centenas de pesquisas relacionadas à covid-19 em andamento na UFMG, entre as quais aquelas que buscam o desenvolvimento de uma vacina brasileira e os ensaios clínicos de outras duas.