UFMG se destaca e amplia presença em avaliação internacional por áreas do conhecimento
Instituição tem 26 disciplinas indexadas na edição 2024 do QS World University Rankings by Subject, três a mais do que no ano anterior
A UFMG figura entre as melhores universidades do mundo em 26 das 51 áreas do conhecimento avaliadas na edição 2024 do QS World University Rankings by Subject, divulgada nesta quarta-feira, dia 10. No levantamento anterior, publicado no ano passado, 23 áreas da Universidade haviam sido indexadas na classificação.
Duas áreas ascenderam na avaliação: Direito, que subiu do grupo 301-350 para a faixa 251-300, e Sociologia, da faixa 201-250 para 151-200. Além disso, cinco disciplinas que não apareciam na edição 2023 ingressaram na avaliação deste ano – Enfermagem, Filosofia (ambas na faixa 151-200), Ciência Política (201-250), Psicologia (301-330) e Educação (301-350). Outras sete áreas aparecem com destaque no levantamento: Geografia (151-200), Agricultura, Arquitetura, Engenharia Elétrica, Ciências Ambientais, Linguística e Farmácia, todas posicionadas na faixa 201-250.
De acordo com o diretor para Governança de Dados Institucionais, professor Dawisson Belém Lopes, uma das boas novidades para a UFMG neste ano é justamente a entrada e evolução de formações das áreas de ciências humanas e sociais (Direito, Filosofia, Ciência Política, Psicologia e Educação). “Trata-se de um movimento claramente ascendente”, resume o diretor. Dawisson acredita que os resultados dessa avaliação, de caráter mais setorizado, deverão repercutir em outros rankings, mesmo aqueles de recortes diferentes. “Se os microfundamentos estão bons, isso se reflete na instituição como um todo. Podemos dizer que mais da metade de nossas áreas do conhecimento teve reconhecida a sua excelência internacional.”
O QS World University Rankings by Subject debruçou-se sobre os dados de desempenho de quase cinco mil instituições de 149 países – 1.559 entraram na classificação, e 64 estrearam em 2024. Esse ranking por área é uma das 12 classificações publicadas pela Quacquarelli Symonds (QS), agência de avaliação da educação superior sediada em Londres. A mais conhecida é o QS World University Rankings, que avalia as melhores universidades do mundo.
Grandes áreas
Além das formações disciplinares, que, em certa medida, guardam equivalência com os cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pelas universidades brasileiras, o ranking também classifica as instituições em cinco grandes áreas. Nesse recorte, a UFMG melhorou sua posição em quatro grupos na comparação com 2023: Artes e Humanidades (subiu da posição 359 para 338), Ciências da Vida e Medicina (da 313 para 294), Ciências Naturais (401-450 para 394) e Ciências Sociais e Gestão (397 para 361). Apenas em uma grande área, Engenharia e Tecnologia, a UFMG registrou uma pequena diminuição – da posição 310 para 313.
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida afirma que a ampliação da presença no ranking QS por área demonstra a excelência da formação oferecida pela UFMG. “Apresentamos um desempenho homogêneo e consistente em áreas distintas do conhecimento, o que também se evidencia em avaliações de perfis diferentes, como a do Inep, divulgada na semana passada, na qual a UFMG está posicionada como a melhor universidade federal do país. Isso mostra que os esforços institucionais para aprimorar cada vez mais o ensino, a pesquisa e a extensão ao longo desses anos estão sendo muito bem-sucedidos”, pondera a reitora.
Os critérios empregados pelo ranking são reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações por artigo, h-index (índice que mede a produtividade e o impacto de um pesquisador ou de um departamento) e inserção em redes internacionais de pesquisa.
A dimensão inserção em redes internacionais de pesquisa foi introduzida neste ano pelo ranking, que chegou a sua 14ª edição. Esse critério, segundo Dawisson Lopes, tem merecido atenção da Universidade. “É um ponto a ser aprimorado e que pode ajudar a aumentar a visibilidade e o impacto de nossas produções acadêmicas”, argumenta o diretor. Para ilustrar a importância dos esforços de globalização da produção científica, Dawisson menciona estudo desenvolvido pelo Escritório de Governança de Dados Institucionais (EGDI), segundo o qual artigos produzidos em coautoria internacional são, em média, quatro vezes mais citados do que aqueles publicados por meio de coautorias nacionais ou artigos de autoria única.
Entre as várias ações empreendidas pela UFMG para ampliar sua inserção no cenário global da produção científica está o Programa Institucional de Pagamento de Taxa de Publicação com Parceria Internacional em Periódicos Indexados. A chamada deste ano foi aberta no mês passado e recebe solicitações de auxílio em regime de fluxo contínuo.