Institucional

UFMG sediará observatório da autonomia do Grupo Montevidéu

Criação de indicadores para comparar o grau de autonomia entre os países, busca de boas práticas e identificação de riscos estão entre os objetivos da iniciativa

Brasão da UFMG projetado em sala do período da Reitoria
Brasão da UFMG projetado em sala do prédio da Reitoria Flickr UFMG

A UFMG sediará o Observatório Regional de Autonomia e Orçamentos Universitários da Associação de Universidades Grupo Montevideu (AUGM), que reúne instituições públicas e autônomas de seis países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai). A proposta de criação da instância, feita pela própria UFMG, foi aprovada na semana passada, durante reunião do Conselho Consultivo da entidade, do qual faz parte a reitora Sandra Goulart Almeida.

O Observatório vai propor indicadores para comparar os graus de autonomia universitária entre os países, buscar boas práticas e iniciativas capazes de contribuir para a expansão da autonomia universitária e identificar riscos por meio de dispositivos de alerta precoce.

Sandra Goulart Almeida destaca que, para a UFMG, é uma honra abrigar essa nova instância, que terá papel muito importante para a reflexão crítica sobre a autonomia universitária e as diferentes formas de definições orçamentárias para as universidades públicas que integram a AUGM, sob perspectiva comparada. “A autonomia universitária é, historicamente, uma condição constitutiva para se pensar as universidades e seu papel imprescindível na produção de conhecimento nas mais diversas áreas e na liberdade de expressão, pesquisa e cátedra.” 

Para o diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Tuffi Saliba, iniciativas do gênero se justificam pelo fato de que a defesa da autonomia universitária, princípio instituído no Brasil pela Constituição de 1988, "tem sido interpretada de maneira restritiva". 

Responsável pela concepção e pelo encaminhamento da proposta, Aziz explica que a coordenação e a estrutura do Observatório serão definidas no início do próximo ano, mas adianta que a proposta de uma estrutura enxuta foi avaliada como positiva pela AUGM. Ele informa, ainda, que existe a possibilidade de que professores e pesquisadores interessados no tema se incorporem à iniciativa. 

A AUGM é presidida pelo professor Enrique Mammarella, reitor da Universidade Nacional do Litoral, da Argentina. Sandra Goulart Almeida é a vice-presidenta da entidade.