UFMG sobe duas posições no ranking QS para a América Latina
Nova edição do levantamento, que inclui 410 instituições, 27 a mais que no ano passado
A UFMG subiu duas posições na edição 2021 da versão para a América Latina do QS World University Ranking, publicada nesta quarta-feira, 11 de novembro. A Universidade está classificada na 15ª posição, entre 410 instituições (27 a mais que na última edição), e passa a ocupar o grupo de 4% das instituições no topo do ranqueamento (na edição anterior, ficou no percentil 5).
Segundo a QS, a UFMG melhorou sua posição nos rankings de três dos oito indicadores que compõem a avaliação: Impacto na web, Citações por artigo e Reputação entre empregadores. Em Docentes com doutorado, já tem escore máximo (100) há alguns anos.
A Universidade tem notas muito altas também nos indicadores Redes de pesquisa internacionais (98,9), Impacto na web (95,4) e Publicações por corpo docente (94,9).
Para a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, a divulgação de mais essa avaliação internacional confirma que a UFMG tem colhido resultados positivos dos seus esforços feitos nas diversas frentes de sua atuação. “Os rankings utilizam diferentes critérios, e alguns quesitos escolhidos pelo QS têm caráter subjetivo. O bom desempenho da UFMG em vários desses rankings, tanto nacionais quanto internacionais, é consequência de um trabalho sério, de excelência e compromisso social, resultado do esforço coletivo de toda a comunidade”, ela destaca.
Na visão da reitora, a evolução no ranking da QS não é um fato isolado e reforça o trabalho de destaque que a UFMG vem desenvolvendo nos campos do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação, mantendo um desempenho de qualidade e equilibrado em todas as dimensões. “Nossos resultados em outro ranking, o THE [The Times Higher Education], e no Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes], o prêmio de patente do ano no Brasil e a própria atuação no enfrentamento da covid-19, reconhecida pela sociedade e por várias esferas governamentais, atestam isso e reafirmam nosso compromisso como universidade sintonizada com o interesse público”, afirma Sandra Goulart Almeida. “O nosso desafio é manter a qualidade e a relevância em cenários tão adversos de cortes orçamentários para as universidades federais e para as agências de fomento à pesquisa. Manter a qualidade desse patrimônio requer investimento contínuo", acrescenta.
Dinâmica e resiliente
Para o pró-reitor de Pesquisa, Mário Montenegro Campos, o resultado do QS mostra que a UFMG ganhou visibilidade e tem sido ainda mais reconhecida por sua qualidade. “A instituição tem-se mostrado dinâmica e resiliente diante de desafios diversos e situações imprevistas vividas nos últimos anos.”
O diretor adjunto de Relações Internacionais da UFMG, Dawisson Belém Lopes, ressalta que o ranking QS América Latina “confirma tendência de melhora em diferentes indicadores e de ascensão da Universidade no quadro regional”. Ele lembra que as edições mais recentes dos rankings da THE e da Scimago posicionaram a UFMG, respectivamente, em quinto e sexto lugar no cenário latino-americano.
Indicadores e sistemas de pesos
De acordo com o professor Carlos Basílio, diretor de Produção Científica da Pró-reitoria de Pesquisa, o QS WUR, assim como outras iniciativas do gênero, adapta indicadores e sistema de pesos para comparar instituições de diferentes culturas e regiões. Para a América Latina, são atribuídos pesos de 30% para reputação acadêmica (opinião de docentes e gestores de universidades sobre qualidade de ensino e pesquisa); 20% para reputação entre empregadores (empresas informam onde obtêm os profissionais mais competentes e inovadores); 10% para relação professor-aluno, docentes com doutorado, citações por publicação e redes internacionais de pesquisadores; 5% para citações por corpo docente e impacto na web (eficácia do uso de novas tecnologias pelas instituições, segundo o webometrics).
Análise inicial realizada pela Diretoria de Produção Científica da PRPq mostra que outra forma de observar o desempenho da UFMG é constatar que, no ranking QS, a UFMG aparece com indicadores muito acima da média das instituições da América Latina (e também do Brasil, consideradas isoladamente).
O professor Mario Campos salienta que indicadores do ranking QS utilizam informação baseada nas percepções de acadêmicos em todo o mundo sobre as melhores instituições acadêmicas no campo da pesquisa e de empregadores quanto às universidades que formam os profissionais mais qualificados. “O reconhecimento nacional e internacional da excelência da UFMG tem sido progressivo, e isso é corroborado por resultados como o do último Enade”, diz Campos. “Porém, preocupa-nos o grave impacto dos cortes substanciais de investimento em educação e pesquisa, os que já ocorreram e os que estão sendo anunciados, sobre essa construção consistente que a UFMG vem realizando ao longo de décadas. Portanto, é fundamental manter os esforços para continuarmos avançando”, afirma.
O ranking é liderado pela Pontifícia Universidade Católica do Chile. Entre as 20 instituições mais bem posicionadas no levantamento, sete são brasileiras: USP, Unicamp, UFRJ, Unesp, UFMG, PUC-Rio e UFRGS.