Unidades fechadas, pacientes desassistidos e pesquisas em risco: os efeitos da Stock Car
Antes mesmo de a corrida automobilística começar, os impactos já são sentidos em diferentes prédios e nos arredores do campus Pampulha
Em razão do impacto que as provas da Stock Car terão no campus Pampulha, várias unidades da UFMG vão interromper suas atividades nos próximos dias – algumas, parcialmente, outras totalmente. É o caso do Centro Esportivo Universitário (CEU) e do Centro de Treinamento Esportivo (CTE), já que a interdição feita no trânsito do entorno do Mineirão impossibilitou o acesso a essas unidades.
É também o caso da Faculdade de Odontologia, que se viu obrigada a adiar uma disciplina de atendimento a urgências que começaria na sexta-feira, 16, em razão da dificuldade que os pacientes terão de acessar o campus. Por causa da corrida, a população mais carente do município fica sem o atendimento odontológico oferecido gratuitamente pela Universidade em parceria com o poder público.
Outras unidades estão sob o risco de verem anos de investimento em maquinário, animais, insumos e pesquisa serem comprometidos pelos efeitos nocivos da prova. É o caso da Escola de Veterinária, que passou os últimos dias se desdobrando para retirar animais do campus, e do Biotério Central, que, para piorar, não tem como fazer essa realocação e corre o risco de ver os seus ratos e camundongos afetados decisivamente pelos ruídos das provas – consequentemente, inutilizados para pesquisas.
Essa malha de efeitos incide sobre diferentes unidades, o que levará a Universidade a passar os próximos dias e semanas mitigando e mensurando danos e prejuízos, dos acadêmicos aos materiais, dos científicos aos financeiros.
Sexta e sábado, 16 e 17, são dias letivos em todas as unidades da Universidade, conforme determina o calendário escolar aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), ainda no ano passado, com base no qual todas as unidades planejaram suas atividades para o ano de 2024. O campus estará fechado na quinta, 15, e domingo, 18 (regime de controle de acesso) e aberto na sexta-feira, dia 16. No sábado, dia 17, estará aberto até as 12h (fora desse horário, o acesso também será controlado).
Urgências postergadas
Em virtude da dificuldade de acesso ao campus Pampulha causada pelo evento, a Faculdade de Odontologia precisou suspender e adiar duas disciplinas clínicas (de atendimento ao público) que ocorreriam na sexta-feira, dia 16: Atenção integral à criança 2 e Urgências odontológicas. Na disciplina de atenção à criança, o tratamento ocorrerá mediante reagendamento dos pacientes para a próxima semana, sob o desafio de se conciliar o aumento da demanda com a oferta limitada de horários, já que um dia inteiro de atendimentos será subtraído do cronograma. O problema mais grave, no entanto, diz respeito à disciplina relacionada às urgências, que são atendimentos de demanda livre, por ordem de chegada – logo, não podem ser simplesmente reagendados.
“A urgência é uma necessidade imediata do paciente; ela não pode ser adiada. O paciente chega à Faculdade de Odontologia com dor, e a gente atende por meio dessa disciplina. Contudo, dada a iminência de os pacientes não conseguirem chegar até a Faculdade em razão das restrições impostas ao trânsito, o que já está acontecendo, foi necessário suspender essa atividade clínica e orientar a comunidade a buscar outras alternativas nessa data, longe do campus, para não ficar sem atendimento”, informam consternados os diretores da Faculdade de Odontologia, João Batista Novaes e Patricia Valente Araujo.
A rigor, os próprios professores e estudantes dessa unidade já vêm enfrentando dificuldades para chegar ao campus desde o início desta semana, em razão das interdições que vêm sendo promovidas pelo poder público. Nesta terça-feira, relata a própria Patricia Valente, em torno das 16h, mesmo fora do horário de rush, a Avenida Carlos Luz (onde fica uma das principais portarias da UFMG, que dá acesso à Faculdade de Odontologia) encenava um engarrafamento que ia até a altura do shopping Del Rey, no sentido bairro, a direção da entrada da Universidade.
Chegar ao CEU virou um inferno
O Centro Esportivo Universitário (CEU) da UFMG, por sua vez, estará integral e forçadamente fechado de quinta a domingo, 15 a 18, todo o período do evento. Mas não foi por escolha. Para que sejam realizadas as provas da Stock Car no entorno do Mineirão nesses dias, o poder público proibiu não apenas que carros, mas inclusive que pedestres circulem pela região. Na prática, isso impediu objetivamente o acesso ao equipamento de esporte e lazer da Universidade, gerando prejuízo direto para as dezenas de milhares de pessoas da comunidade universitária que têm nesse equipamento um lugar para o lazer e a prática de esporte. Além disso, todas as atividades de extensão realizadas no local serão impactadas.
Esse, contudo, é o fechamento objetivo; a realidade subjetiva é ainda pior. Na prática, há muitas semanas o acesso das pessoas às instalações do CEU já havia se tornado inviável. Desde o início dos preparativos para as provas, o trânsito na região vem sendo recorrentemente interrompido em pistas alternadas, mas sem aviso prévio, o que inviabilizou o acesso funcional da comunidade ao local. “Às vezes, no meio da sua rotina, a pessoa dispõe de uma hora, uma hora e meia para realizar uma atividade esportiva ou de lazer. Contudo, com as obras da Stock Car, a própria tentativa de chegar ao CEU tornou-se um desafio insuperável; é algo que passou a consumir todo esse tempo, toda essa energia. Mesmo antes do fechamento, já estava inviável para as pessoas frequentar o local”, pontua o professor Luciano Pereira da Silva, diretor da Unidade.
Mais que qualquer consideração subjetiva, os números mencionados pelo diretor dão a dimensão objetiva do que foi esse impedimento. “O CEU costuma receber, em média, cerca de 300 pessoas por dia. Contudo, nas últimas semanas, em razão da Stock Car, vínhamos com uma média de 30, 40 pessoas, no máximo, vindo para cá. Eram as que conseguiam chegar. A verdade é que as pessoas simplesmente não conseguiam chegar até aqui”, conta o professor, relatando um desafio que vem sendo enfrentado, em diferentes medidas, por toda a comunidade da UFMG, para acessar as diferentes unidades do campus Pampulha.
Luciano Pereira também informa que o poder público não cumpriu o que ele próprio programou no Documento Operacional de Trânsito (DOT), disponibilizado no início deste mês à UFMG e à sociedade. “Não bastassem todos esses problemas que vêm se arrastando há várias semanas, o que foi anunciado pelo DOT para esta semana do evento não foi cumprido. A informação oficial era de que o trânsito no entorno do Mineirão seria fechado no dia 13, às 9h, mas desde 11h da manhã de ontem [segunda-feira] já não era mais possível entrar na região nem de carro, nem de ônibus”, explica o professor, sinalizando para um problema recorrente em todo o périplo enfrentado pela UFMG no último semestre: a falta de informação fidedigna sobre o andamento dos trabalhos.
“A título de exemplo: em razão de tudo isso que relatei aqui, na manhã desta terça-feira, 11, apenas quatro pessoas conseguiram chegar ao CEU”, ele informa. Luciano Pereira acrescenta que até mesmo funcionários do CEU (o clube conta com algo entre 80 e 90 trabalhadores, entre profissionais e estagiários) vêm encontrando dificuldades para transitar pela região e chegar a pé ao seu local de trabalho. Mal orientados, profissionais da prefeitura têm criado dificuldades e eventualmente tentado impedir esse trânsito, ele afirma.
Atletas sem treinar
Poucos dias após o término das Olimpíadas, e às vésperas do início dos Jogos Paralímpicos de Paris, o tratamento dado pelo poder público e pela Stock Car ao Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG – centro de referência nacional na preparação de atletas e sobretudo de paratletas de alta performance – é um sinal do valor que (não) é dado ao esporte quando ele não está diretamente ligado ao capital e à acumulação de riqueza pelas pessoas mais abonadas da sociedade. Segundo o professor Maicon Rodrigues Albuquerque, diretor do CTE, a unidade também se viu obrigada a fechar de quinta a domingo, 15 a 18, apesar de o trecho da avenida Alfredo Camarate onde fica a entrada da unidade ter supostamente ficado de fora da área interditada. (Conforme o Documento Operacional de Trânsito divulgado pelo poder público, o CTE, em si mesmo, está sob a mancha de interdição, mas a sua entrada não.)
“Ficou fora? Não sabemos. Ficou e não ficou. A verdade é que não fomos informados de nada. Tudo o que temos é incerteza. Não recebemos nenhum ofício, nenhuma comunicação da Prefeitura, nada. Hoje [terça-feira] eu consegui chegar aqui, mas e amanhã? E depois de amanhã? Não sabemos. Não fomos informados como será. Não fomos informados de nada. Então não temos como saber. Tentei contato com a BHTrans, mas também não consegui obter nenhuma informação. Como não conseguimos nenhuma garantia de que será possível chegar ao CTE com segurança, tivemos de decidir pelo fechamento, até para não prejudicar as pessoas que poderiam tentar vir para cá e não conseguir”, afirma o diretor.
Naturalmente, o fechamento vai prejudicar os inúmeros atletas profissionais que cumprem rotina de treinos no local. “Os atletas dos Jogos Paralímpicos já viajaram, mas vários outros atletas treinam regularmente aqui. Por causa da Stock Car, essa rotina será interrompida. Eles vão perder essa possibilidade de treinamento, vão interromper seu ciclo”, demarca.
'Estamos no escuro', diz coordenadora do Biotério Central
Outra unidade particularmente afetada pela realização da Stock Car nas fronteiras da Universidade é o Biotério Central da UFMG. Criada em 2013, a unidade é o local onde são criados ratos e camundongos para pesquisas científicas de alto nível, sejam da UFMG, sejam de outras instituições do estado, que adquirem ali o que de melhor se pode encontrar nesse campo. No Biotério, são produzidos animais padronizados de nível internacional, do tipo Specific Pathogen Free (SPF), o que confere a garantia de que estão livres de influências e agentes biológicos capazes de interferir nos experimentos que vão ser feitos com eles. Usado em pesquisas de ponta, esse tipo de animal é capaz de colaborar para a obtenção de resultados científicos robustos, confiáveis, homogêneos e reprodutíveis – que vão se transformar, no futuro, em vacinas, tratamentos e remédios novos.
Contudo, para que esses animais possam realmente ser usados em pesquisas de ponta, sua criação precisa obedecer a rigorosos protocolos de padrão internacional, ligados não apenas ao controle sanitário – que levam em conta aspectos microbiológicos, parasitológicos e imunológicos –, mas também à manutenção do bem-estar animal. Isso implica a necessidade de não promover nenhuma alteração imprevista em sua rotina – como colocá-lo repentinamente em meio a um barulho alto. Isso porque mesmo a menor variação desses protocolos pode gerar uma variação indesejada em sua biologia. O barulho, por exemplo, tem o potencial de fomentar a produção excessiva de hormônios ligados ao estresse, em se considerando a alta sensibilidade auditiva que os animais têm, se comparados aos humanos.
O risco vivido no momento, portanto, é de a realização da Stock Car no entorno da UFMG pôr a perder a possibilidade de se realizar pesquisas robustas no futuro com essa geração de animais – em suma, a prova pode jogar por terra anos de trabalho e um imensurável e ainda não contabilizado montante financeiro investidos em sua criação. Fica a questão: quem vai pagar essa conta?
“Os animais do Biotério são criados em condições sanitárias muito estritas, com controle rigoroso de temperatura, umidade, luminosidade, ruído. Todo o padrão sanitário deles é controlado nos mínimos detalhes. Não é possível movê-los de uma hora para outra; não é possível nem mesmo cogitar uma realocação, pois eles são criados em equipamentos especiais, em um sistema próprio de racks ventilados”, explica a professora Adriana Abalen, coordenadora da unidade.
A Stock Car, conforme o evento fez veicular na imprensa, se responsabilizaria por oferecer estruturas para sanar os efeitos sonoros que as provas teriam na UFMG, mas a rigor nada foi feito nesse sentido – ao menos nada de consistente: tudo ficou apenas no campo do discurso e da propaganda. A exemplo dos impactos sofridos pelas outras unidades, o Biotério precisa lidar com o problema, que, a rigor, não tem solução total.
Adriana Abalen conta que inúmeras medidas foram e estão sendo tomadas para tentar minimizar o problema, mas o desfecho ainda é incerto. “Tomamos uma série de medidas para minimizar os impactos, mas não sabemos se serão suficientes. Na prática, não temos como fazer essa avaliação, pois não sabemos como o ruído e o quanto de ruído vai chegar. A rigor, não tivemos uma informação concreta do nível de ruído que vai chegar por aqui. [Números vieram a público, mas eles variam, ainda que sempre vigorando acima das margens-limite aceitáveis.] Também não foi arquitetonicamente viável fazer o isolamento acústico completo do prédio”, ela explica.
De modo geral, foi possível fazer o isolamento acústico de portas e janelas, mas não do piso técnico, onde fica o sistema de ar condicionado, dadas as suas especificidades. “E, mesmo que fosse realizado esse isolamento, não teríamos como avaliar se seria suficiente, pois há também a questão da vibração provocada pelo som, que não sabemos como vai chegar. É tudo muito desesperador. Estamos no escuro”, diz a professora. Vale dizer que, instaladas nos últimos dias no circuito, as ditas barreiras de mitigação acústica prometidas pela organização da Stock Car se revelaram, na prática, meras cortinas de interdição visual, claramente incapazes de barrar o que quer que seja no âmbito sonoro.
Adriana Abalen se desespera particularmente ao lembrar que a arquibancada da prova foi instalada justamente na frente do Biotério, na Avenida Rei Pelé. “Estamos a apenas 200 metros da pista, e as arquibancadas estão viradas para nós. Eu não estou nem dormindo de tanto pensar nisso. Criamos as medidas possíveis, mas não temos condições de avaliar se serão efetivas ou não, dada a falta de informação oferecida sobre o nível real de ruído causado pelo evento”, destaca Adriana, que lembra a diferença entre o nível de ruído informado oficialmente pela corrida e aqueles que foram efetivamente auferidos em testes livres.
Adriana também desmonta o argumento dos organizadores da corrida de que os shows realizados no Mineirão seriam uma justificativa para liberar a realização da corrida de carros no local. “Eles alegam a questão dos shows, dizendo que, se os shows podem ocorrer, a corrida também poderia. Ora, os shows acontecem dentro ou do outro lado do Mineirão, e nós já medimos os volumes de ruídos. Eles não ultrapassam os decibéis permitidos, dada a distância que o Biotério fica de lá. Já a corrida passará exatamente na frente da unidade. A diferença é clara. Nem é possível comparar", revolta-se a coordenadora.
Segundo Adriana, a equipe da unidade ficará de plantão durante todo o feriado para avaliar em tempo real a condição dos animais, mas pouco será possível fazer além do que já foi feito, pois os animais não podem ser retirados de lá.
Farmácia e ICB
Os efeitos da realização da Stock Car no entorno do Mineirão disseminam-se por todo o campus Pampulha, mas incidem particularmente sobre as unidades situadas na sua fronteira Noroeste, que fará divisa direta com a corrida. Ali ficam, além da Odonto, a Faculdade de Farmácia o Instituto de Ciências Biológicas, por exemplo, onde há outros 30 biotérios – alguns deles, focados em roedores geneticamente modificados, o que redobra o problema, pois se trata de animais ainda mais sensíveis, capazes de entrar em convulsão por qualquer mínimo barulho.
“Aqui estamos falando de animais preparados para testes fisiológicos e metabólicos, o que os torna mais sensíveis para esses estímulos. No ICB, temos pesquisadores trabalhando com questões relacionadas ao comportamento e à parte neurológica, por exemplo. Para essas pesquisas, temos ratos audiogênicos, isto é, animais ainda mais sensíveis ao barulho. Em razão disso, variações mínimas do ambiente, como sons muito intensos, podem fazê-los colapsar, entrar em convulsão”, explica o professor Ricardo Gonçalves, diretor do ICB. As consequências desses colapsos são várias: “eles podem morrer, abortar ou se canibalizar, matar uns aos outros”, exemplifica o diretor. E, claro, ao sofrerem esses estímulos, podem se tornar comprometidos para as pesquisas a que estavam dedicados.
Em razão disso, muitos experimentos estão sendo interrompidos pelos pesquisadores nesta semana. “Não teve outro jeito, foi preciso interromper, porque a gente não sabe qual será o efeito dessa movimentação toda nas cobaias. Muitos pesquisadores pararam os seus trabalhos e só vão retornar na próxima semana, para ver como estão os animais em experimentação, ver se será possível dar andamento às pesquisas a contento”, afirma Gonçalves.
“Mas a verdade é que a gente tem muita dificuldade de mensurar os efeitos que a Stock Car de fato terá em todas as nossas instalações, porque eles não nos mandaram informação nenhuma. A rigor, nós não sabemos como podemos nos proteger. Não fomos informados fidedignamente de nada: de qual seria a influência das obras, das vibrações da corrida dos carros, dos efeitos dos sons. Então, o que a gente tem feito é projetar esses efeitos com base em critérios científicos, mas tudo está precisando ser feito nos termos da mensuração hipotética, pois eles nos deixaram de fato no escuro no que diz respeito aos dados das corridas. O que de fato vai acontecer, a gente efetivamente não sabe”, lamenta o diretor.
“No ICB, nós temos biotérios mais perto e mais longe da pista de corrida, uns mais perto da parte de fora do prédio, outras mais nas partes de dentro. Porém, qual será de fato o estrondo causado pela corrida e cada setor do prédio, isso ainda é um mistério. Em Curitiba, tivemos o relato de moradores reclamando do barulho a 600 metros de distância da corrida. Isso é o que mais nos desespera”, demarca o cientista. Em sua face leste, o ICB está a 500 metros da pista de corrida da prova. Em sua fronteira oeste, está a menos de 150 metros, conforme se pode medir pelo Google Maps.
“Na Farmácia, assim como no Biotério e no ICB, nós também temos animais, ainda que em menor quantidade”, lembra Leiliane Coelho André, diretora da Faculdade de Farmácia. “No nosso caso, são também animais já de experimentação, de uso direto nas pesquisas – camundongos, no caso. Aqui, também não foi possível retirá-los coletivamente nem mitigar o impacto sonoro que sofrerão, pois eles ficam distribuídos por diferentes laboratórios”, ela explica.
Leiliane se assusta ao lembrar que sua unidade está situada justamente em frente à curva mais fechada da avenida Rei Pelé, incorporada integralmente ao circuito da Stock Car. “Não bastasse o problema dos animais, nós temos inúmeros equipamentos de alta complexidade, como também é o caso de outras unidades. São equipamentos muito sensíveis, não temos ideia do que pode acontecer com a realização dessas provas aqui, toda a vibração. Não há como prevenir o que não sabemos que pode acontecer. O que fizemos foi verificar toda a questão de estabilidade, de funcionamento, para depois conferirmos se estará tudo o.k. De modo geral, tudo será compilado em relatórios. A nossa esperança é que nada aconteça”, torce a diretora.