Universidades e fake news: estudiosos analisam fenômeno
Monitor de Whatsapp do DCC identificou pico de notícias falsas após anúncio de cortes
No início de maio, logo após o governo federal anunciar um corte de 30% dos recursos para as universidades federais, o Whatsapp foi inundado por mensagens que buscavam desmoralizar o ambiente acadêmico brasileiro, segundo levantamento feito pelo Monitor de Whatsapp, ferramenta do projeto Eleições sem Fake, do Departamento de Ciência da Computação.
Imagens mostravam, por exemplo, pessoas nuas ou em trajes íntimos em ambientes que podem ser associados à universidades. Elas vinham acompanhadas de textos com intenção clara de difamar as instituições públicas de ensino, menosprezando inclusive a sua produção científica.
Em entrevista à TV UFMG, o coordenador do Projeto Eleições Sem Fake, Fabrício Benevenuto, e o professor Marcus Abílio Pereira, do Departamento de Ciência Política, que desenvolve estudo sobre as fake news e a sociedade, falam sobre o fenômeno do compartilhamento em massa de notícias falsas, distorcidas ou fora de contexto. Assista.
Eleições sem Fake
O Projeto Eleições sem Fake, do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, foi criado para acompanhar o compartilhamento de informações durante o período eleitoral. São várias ferramentas utilizadas no processo, incluindo o Monitor de Whatsapp, que monitora 350 grupos públicos com a ajuda de inteligência artificial.
Entre imagens, vídeos e mensagens de texto, os dados coletados são fornecidos a jornalistas e pesquisadores. Nesta semana, o jornal Folha de S.Paulo e a Agência Lupa, especializada em checagem de fatos, publicaram matérias sobre os resultados do levantamento do Monitor de Whatsapp em relação às universidades.
Assista também ao vídeo sobre o projeto produzido pela TV UFMG.
Entrevistados: Fabrício Benevenuto, pesquisador do departamento de Ciência da Computação da UFMG, e Marcus Abílio Pereira, pesquisador do departamento de Ciência Política da UFMG.
Ficha Técnica: Júlia Calasans (produção e reportagem), Leonardo Milagres (produção e reportagem), Renato Temponi (reportagem), Samuel do Vale (imagens), Ravik Gomes (imagens), Cássio de Jesus (imagens), Jessika Viveiros (edição de conteúdo), Otávio Zonatto (edição de imagens).