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Ziraldo, morto neste sábado, recebeu medalha como ex-aluno de destaque da UFMG

Escritor e cartunista formou-se em Direito na turma de 1957

Ziraldo formou-se na turma de 1957 do curso de Direito da UFMG
Ziraldo formou-se na turma de 1957 do curso de Direito da UFMG Foto: Portal EBC

O escritor e cartunista Ziraldo Alves Pinto, que morreu neste sábado, dia 6, aos 91 anos, no Rio de Janeiro, é formado em Direito pela UFMG. Em outubro de 2016, ele participou de encontro com colegas de sua turma, por ocasião das comemorações dos 125 anos da Faculdade de Direito, e recebeu a Medalha de Honra da UFMG, concedida a ex-alunos de destaque.

“Ziraldo é um orgulho do Brasil. Gênio do traço, do humor e um dos líderes do Pasquim, é um dos filhos mais ilustres da UFMG. A homenagem que a Universidade prestou a ele é das mais justas. Perdemos um grande brasileiro, que fará muita falta”, lamentou a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, que à época, como vice-reitora, participou da cerimônia de entrega da medalha, também concedida a outras 14 personalidades, entre as quais a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Do cartum para a Casa de Afonso Pena
Em depoimento à TV UFMG, o autor de O menino maluquinho rememorou sua trajetória na Faculdade de Direito, onde ingressou quando já havia iniciado sua bem-sucedida carreira de cartunista. “Eu já desenhava na Folha de Minas, mas naquela época, como filho e neto mais velho, eu tinha a obrigação de ser o primeiro doutor da família. Havia poucas faculdades – Direito, Medicina, Engenharia e Arquitetura", relatou.

Mineiro de Caratinga, Ziraldo formou-se na turma de 1957, a última que, segundo ele, frequentou "aquela casa rosa linda", a edificação instalada na antiga Praça da República (atual Praça Afonso Arinos), demolida no ano seguinte para dar lugar ao Edifício Professor Villas-Bôas. “Tive professores de primeiríssima qualidade, colegas de  altíssimo nível, como o ex-governador Hélio Garcia e outros que viraram desembargadores.”

“Essa homenagem acrescenta muito à minha vida. A gente produz e trabalha para ser reconhecido, para mostrar para a mamãe. Quem não gosta de carinho? Estou vivendo um momento muito feliz”, disse ele. 

Assista ao depoimento de Ziraldo à TV UFMG: