Acontece
Edmar “Totem” Alves
A exposição Poesias, poesias, seus tentáculos, adendos e outros anexos, do poeta e historiador Edmar “Totem” Alves, pode ser visitada na Biblioteca Universitária, no campus Pampulha. As três décadas de trajetória do artista são apresentadas por meio de releituras em cordel, instalações de artes plásticas, caricaturas e também pela música. A mostra, que também reúne obras de outros 14 artistas de diferentes áreas, segue até 30 de setembro, no primeiro andar da biblioteca, e pode ser visitada das 7h30 às 22h.
Edmar Alves é poeta desde a adolescência, e seu primeiro livro, O nome do ciclo, o ciclo do nome, foi impresso em casa e vendido pelo próprio artista, de mão em mão. Hoje, com três livros de poesia publicados, ele diz que ainda produz obras artesanais, para fazer seus versos circularem. Segundo o autor, seu trabalho é fortemente marcado pelo “peso da vida”, que ele define como “a dificuldade de se inventar um jeito para viver todo dia”. Leitor de poesia concreta, Edmar aposta em experimentações e na visualidade de sua obra.
Economia criativa
O livro Por um Brasil criativo: significados, desafios e perspectivas da economia criativa brasileira, organizado pelas professoras Ana Flávia Machado, da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, e Claudia Leitão, da Universidade Federal do Ceará, acaba de ser lançado pelo BDMG Cultural.
Segundo a professora Ana Flávia, o trabalho é fruto de reflexão sobre a elaboração – no âmbito do Ministério da Cultura e com contribuição de diferentes áreas do governo – do plano Brasil Criativo, que envolvia a cultura, processos de inovação e setores econômicos diversos, mas que não chegou a ser implantado.
Editado pelo BDMG Cultural, o livro reúne 19 pesquisadores e atores ligados à economia criativa. Eles apresentam suas visões sobre experiências já realizadas ou iniciativas ainda em estágio de implantação. Os capítulos tratam de temas como economia criativa e desenvolvimento, na perspectiva de Celso Furtado, metodologia de análises que consideram a característica da economia criativa de produção e distribuição em rede, capacitação de gestores, formas de financiamento e análise do plano Brasil Criativo, entre outros.
A economia criativa envolve ampla gama de atividades que utilizam a cultura como insumo e meio: artes manuais, visuais e performáticas, exposições, cinema e produção editorial, jogos e aplicativos digitais, moda e gastronomia.
Paralimpíadas
A disseminação de conhecimentos produzidos na área do esporte paralímpico e a troca de experiências de gestão, classificação funcional e treinamento desportivo nas modalidades paralímpicas estão entre os objetivos do 5º Congresso Paradesportivo Internacional, que será realizado no Minas Centro, em Belo Horizonte, de 27 a 30 de outubro.
O evento, que poderá receber até mil participantes, é promovido pela Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Conferências, mesas-redondas, minicursos e apresentações orais e em forma de pôsteres vão tratar de temas como treinamento de alto rendimento, formação de profissionais, gestão, psicologia, tecnologia aplicada, detecção de talentos e formação de jovens atletas.
Entre os especialistas convidados estão a professora Victoria Tolfre, da Universidade de Loughborough (Inglaterra), Georg Schlachtenberger, do Comitê Paralímpico Internacional, Irineu Loturco, do Núcleo de Alto Rendimento Esportivo, e os professores Leszek Szmuchrowski e Bruno Pena, da UFMG. Mais informações estão disponíveis no site do Congresso.
Sistemas ciberfísicos
O reitor Jaime Ramírez assinou, no último dia 17, termo de cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para credenciamento de unidade que será sediada no Departamento de Ciência da Computação (DCC). O objetivo da unidade é desenvolver softwares para sistemas ciberfísicos, plataformas computacionais capazes de coletar dados das mais diversas fontes, armazená-los e processá-los de modo a gerar conhecimento para orientar decisões.
O Sistema Embrapii explora a competência de instituições de pesquisa, ciência e tecnologia, financiando projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com o objetivo de mitigar riscos de inovação nas empresas, já que, de acordo com o modelo proposto, seu aporte financeiro é reduzido. Os custos dos projetos são divididos com a Embrapii e a unidade Embrapii, para gerar produtos e processos inovadores e competitivos. Na cerimônia de assinatura do documento, o professor Jorge Almeida Guimarães, diretor-presidente da Embrapii, falou sobre o papel da instituição no fomento à inovação no país.