SBPC é cultura
A 69ª Reunião Anual da SBPC vai contar com densa programação cultural intercalada à sua programação acadêmico-científica – a começar por um concerto do Ars Nova – Coral da UFMG, que se apresentará no domingo, dia 16, às 18h, no auditório nobre do CAD 1, na abertura do evento. No decorrer da semana, as atividades estarão concentradas em dois horários principais, 12h30 e 18h30, e distribuídas em diferentes espaços no campus Pampulha. Algumas atividades ocorrem em outros horários, mas programados para não conflitarem com as atividades acadêmico-científicas.
A Diretoria de Ação Cultural da UFMG coordenou a comissão responsável por construir a programação de eventos artístico-culturais, denominada SBPC Cultura. “Elaboramos uma programação consistente, diversificada e representativa do que é produzido na UFMG e em Minas Gerais”, explica Leda Maria Martins, diretora de ação cultural. “Apostamos na diversidade e no protagonismo da UFMG. Nesse sentido, vamos do clássico ao popular, e do clássico ocidental ao clássico afro-brasileiro, com grande diversidade de gêneros artísticos.”
A programação prevê performances artísticas, instalações, shows e espetáculos teatrais e de dança, além de atrações de bastante especificidade, como um cortejo de guardas de Reinado e de povos indígenas. Paralelamente, alunos da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG farão diversas intervenções artísticas no decorrer do evento.
A semana contará com uma extensa programação musical. No anoitecer de quarta-feira, por exemplo, professores da Escola de Música vão se reunir com integrantes do Clube da Esquina no palco do Bosque da Música para um show em homenagem ao movimento musical mineiro. No dia seguinte, o mesmo espaço recebe o prestigiado show da Velha Guarda do Samba de BH. A reunião da SBPC ainda contará com apresentações do Coral de Trombones e Tubas da UFMG, do Quarteto Mineiro de Saxofones e do Grupo de Percussão da UFMG, entre outras atrações, que estão divulgadas no site http://ra.sbpcnet.org.br/belohorizonte/.
Em abundância
Destacam-se na agenda cultural as exposições montadas em diferentes unidades da Universidade: são tantas que, caso queira (e encontre tempo, em meio a tantas opções), o participante poderá visitar uma mostra diferente a cada dia.
No domingo, já estará aberta a exposição Olhar revisitado: reencontros e novas afetividades, que reúne, no saguão da Reitoria, uma amostra exemplar – com mais de 30 peças – do significativo acervo de obras de arte construído pela Universidade ao longo das suas nove décadas de história. Estarão expostas obras de artistas econhecidos internacionalmente, como Inimá de Paula, Guignard e Yara Tupynambá.
As demais exposições poderão ser visitadas a partir de segunda-feira, 17, e todas estarão abertas até o fim do evento. Entre elas, destaca-se a mostra D. Quixote - Portinari e Drummond: releituras de Cervantes, no Conservatório UFMG, em que são apresentados os originais e reproduções ampliadas de 21 desenhos de Candido Portinari produzidos sob a inspiração da obra-prima de Miguel de Cervantes. Cada desenho é acompanhado de uma glosa poética de Carlos Drummond de Andrade.
Lembrar a história
O Centro Cultural UFMG, por sua vez, vai receber a exposição Desconstrução do esquecimento: golpe, anistia e justiça de transição, que reúne obras inéditas de oito artistas que tratam da ditadura e seus desdobramentos. A Faculdade de Ciências Econômicas (Face) vai sediar a 18ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha, que foi transferida de maio para este mês para integrar a reunião da SBPC, e o Espaço do Conhecimento recebe outras duas grandes exposições: Demasiado humano, que trata da origem da vida, da evolução e da trajetória humana, e Canção amiga, Clube da Esquina, que aborda o contexto social e político da época da emergência desse movimento musical mineiro, nos efervescentes anos 1.960 brasileiros.
No saguão da Fafich, será montada a exposição fotográfica Corredor de Nacala – comboio, carvão e gente no norte de Moçambique, com fotos que retratam as transformações sociais vividas pela ex-colônia portuguesa após as guerras de independência e o sofrimento resultante desse processo.