A graduação em artes visuais nasceu 1957, sob a nomenclatura de curso de arte, na Escola de Arquitetura da UFMG. Atualmente oferecido na Escola de Belas Artes (EBA), o curso não integra o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas tem um processo de seleção próprio, o Vestibular de Habilidades, uma prova de aptidão que avalia a técnica artística do candidato. É necessário, entretanto, se submeter ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que equivale à primeira fase do vestibular.

O curso alia a prática à reflexão acerca do fazer artístico, com o objetivo de refinar a percepção dos estudantes sobre as imagens e fazê-los pensar criticamente sobre as implicações culturais, sociais e econômicas de seu trabalho. Dessa forma, os profissionais de arte visuais são versáteis e aptos a lidar com a imagem de maneira refinada.

O ingresso no curso permite a escolha entre seis habilitações: a licenciatura em artes visuais e os bacharelados em artes gráficas, desenho, escultura, gravura e pintura. Os dois primeiros semestres correspondem ao ciclo básico, com disciplinas introdutórias de fotografia, estudo da cor e pesquisa na arte, entre outras. Ao final do primeiro ano de curso, cada estudante escolhe sua ênfase e tem seu currículo específico, podendo cursar disciplinas específicas de outras habilitações de forma optativa.

Só é permitido cursar uma habilitação por vez. Porém, é possível solicitar a continuidade de estudos para habilitar-se em outra área após a conclusão do curso.

Bacharelado

Cada vez mais, espera-se dinamicidade dos artistas contemporâneos. Na graduação em artes visuais, os estudantes-artistas são instigados a renovar o meio artístico e dialogar com outras áreas. Por isso, a prática é valorizada desde os primeiros períodos, e espaços diversos da Universidade - como o saguão da Reitoria e o hall da Biblioteca Universitária - transformam-se costumeiramente em galeria de exposição dos trabalhos dos estudantes, como mostra reportagem da UFMG.

O profissional graduado na UFMG encontra distintas possibilidades de inserção profissional, a depender da habilitação escolhida, podendo atuar agências de publicidade e estúdios televisivos (na diretoria de arte ou em serviços especializados como tipografia e edição), na indústria da moda (estamparia), em centros culturais, galerias ou museus — sempre com o olhar profissional voltado para o universo das artes. 

Também há egressos que se tornam artistas visuais e expõem em galerias físicas e virtuais, ou que optam por ingressar na pós-graduação e seguir a carreira acadêmica. A formação de coletivos artísticos de egressos do curso também é cada vez mais comum.                                              

Licenciatura

Sociologia da educação, política educacional e ensino da arte são algumas das disciplinas específicas da licenciatura em artes visuais, que prepara professores-artistas para o ensino básico.

Na rede pública de Minas Gerais, as artes visuais são abordadas principalmente nas escolas de ensino integral e integrado. Segundo a Secretaria de Estado de Educação, a oferta abrange 60% das escolas estaduais e atende quase 150 mil estudantes.

Desde criança, Maria Eduarda Moreira, 21, gostava de desenhar. Na adolescência começou a pintar, e hoje a estudante-artista está no sétimo período da licenciatura. Para ela, o ensino da arte é fundamental para quebrar os preconceitos que ainda existem sobre a área. “A arte provoca as pessoas por meio de experiências estéticas, o que estimula pensamento crítico e discussões”, analisa.

PARA SABER MAIS

Estrutura curricular https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga no Vestibular de Habilidades 2019: 1,95
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 5