Elas já foram consideradas as “ciências da vida” por natureza. Afinal, as ciências biológicas estudam os seres vivos, suas características estruturais e funcionais, as relações entre eles e com o meio ambiente, os processos e mecanismos que regem sua formação, desenvolvimento, reprodução e envelhecimento. Do DNA ao maior ser vivo existente, todos encontram seu espaço como objeto de estudo das ciências biológicas.
Na UFMG, a graduação em ciências biológicas é ofertada em dois turnos e duas modalidades. No diurno, ao final do segundo período, o aluno faz a opção definitiva pela modalidade que deseja cursar: licenciatura ou bacharelado. No noturno é oferecida apenas a licenciatura. Após a conclusão de uma das modalidades o estudante pode solicitar a continuidade de estudos na outra modalidade. Aulas do bacharelado são disponibilizadas somente no turno diurno.
As duas modalidades compartilham um núcleo comum de disciplinas: introdução à ciências biológicas, biologia celular, biofísica, histologia dos sistemas orgânicos, química para ciências biológicas, dentre outras. Em função da diversidade de laboratórios e departamentos, o aluno da UFMG tem oportunidade de “compreender a vida” nas mais diversas possibilidades. Ao todo, o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) é composto por dez departamentos: biologia geral – genética, evolução e ecologia; Bioquímica e Imunologia; Botânica; Farmacologia;Fisiologia e Biofísica; Microbiologia; Morfologia; Parasitologia; Patologia; e Zoologia.
Para Lucas Neves Perillo, 33, a graduação em ciências biológicas é repleta de boas experiências. Ele concluiu a licenciatura no segundo semestre de 2007. “Acredito que o diferencial do curso é a autonomia que você recebe para executar suas atividades. O curso oferece um ambiente engrandecedor que reúne aulas e pesquisas. Ter aulas com professores que são pesquisadores referência no que fazem é incrível. Para ter uma formação diferenciada é essencial saber explorar as oportunidades oferecidas”, informa.
O curso também oferece práticas, estágios e projetos de extensão em diversos núcleos da UFMG, como a Estação Ecológica, o Espaço do Conhecimento, o Museu de História Natural e Jardim Botânico, o Museu de Ciências Morfológicas, o Colégio Técnico (Coltec) e o Centro Pedagógico (CP).
Licenciatura
Um de cada três professores de biologia do ensino médio brasileiro está na sala de aula sem a devida formação em licenciatura em ciências biológicas, segundo dados do Censo da Educação Básica 2015, do Ministério da Educação, compilados pelo movimento Todos Pela Educação. O déficit, somado à exigência de que até 2024 todos os professores tenham a formação correta, faz do curso de licenciatura em ciências biológicas uma urgência nacional.
Na UFMG essa licenciatura é oferecida nos turnos diurno (9 semestres) e noturno (10 semestres). Além das 1500 horas em comum com o bacharelado, são oferecidas disciplinas específicas destinadas à formação do professor de ciências biológicas, como didática do ensino de ciências da natureza, como disciplinas voltadas ao educador em geral. Essas últimas são ministradas na Faculdade de Educação (FAE) e versam sobre temas como sociologia da educação, psicologia da educação, política educacional e didática em licenciatura.
São obrigatórios ao menos três semestres de estágio curricular, quando é necessário que o estudante demonstre saber planejar, ministrar e avaliar os conteúdos de ciências naturais e biologia no contexto da escola.
Bacharelado
A formação do bacharel em ciências biológicas é destinada para o exercício de atividades de pesquisas no setor público ou privado, de docência no ensino superior (neste caso, deve ser exigida pós-graduação) e prestação de serviços nas diversas áreas da biologia. De acordo com o Conselho Federal de Biologia (CFBio) o biólogo pode atuar profissionalmente em 87 diferentes áreas, divididas em três categorias: meio Ambiente e biodiversidade; saúde; e biotecnologia e produção. A UFMG oferece três ênfases para o bacharelado. O aluno pode escolher entre as áreas ambiental, biotecnologia e saúde ou o percurso aberto, construído a partir dos interesses do aluno.
O protagonismo do estudante como sujeito do seu aprendizado é estimulado desde o seu ingresso no curso, afinal, manter-se em aprendizado constante é uma exigência para uma área em que a evolução tecnológica é crescente. Da curiosidade e do interesse dos próprios estudantes é que nasceu o projeto de extensão Agroê, que desenvolve espaços ecológicos no prédio do ICB para permitir aos estudantes praticar o que aprendem no curso, além de cultivarem plantas medicinais em uma hortinha planejada por eles . Confira na reportagem da TV UFMG.
PARA SABER MAIS
Licenciatura (diurno): https://ufmg.br/cursos/graduac...
Licenciatura (noturno): https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga em 2018: 15,37 (diurno)
18,24 (noturno)
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 723,34 (diurno)
701,66 (noturno)
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 5