Mais do que uma forma de se comunicar, a língua de um povo é elemento essencial de sua identidade, pensamento, cultura e cosmovisão. Como forma de valorizar a pluralidade linguística brasileira, o Espaço do Conhecimento UFMG e a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) vão realizar no domingo, 14 de abril de 2024, a oficina Aprendendo palavras em Tupi Potiguara. 

A atividade, gratuita, terá início às 14h e compõe a programação do Abril Indígena, marcado pelo Dia dos Povos Indígenas (19 de abril) e promove o ensino-aprendizagem da variante Potiguara do Tupi antigo.

Destinada a até 15 participantes a partir de 7 anos, a oficina ensinará algumas palavras do vocabulário básico Tupi, em uma brincadeira de associação com o português. O aprendizado será conduzido pelo mediador Fabrício Potiguara, estudante de Arqueologia na UFMG, em companhia de Deolindo Potiguara, aluno de Ciências Sociais da UFMG. 

Os interessados devem retirar os bilhetes individuais e gratuitos na recepção do museu, a partir das 13h. 

Identidade e história
Segundo dados do Museu da Língua Portuguesa, estima-se que no Brasil, no século XVI, havia 1.200 línguas faladas pelos povos originários. A realidade atual, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após séculos de desapropriação violenta dos costumes e modos de vida desses grupos, indicam a existência de 274 línguas de etnias indígenas.

O povo Potiguara é o mais populoso da Região Nordeste. Como parte da família linguística do Tupi, tem como idiomas principais o português e o Tupi Potiguara.