Com o tema A escola dos que (não) são: a educação escolar em uma ocupação urbana de Belo Horizonte, o Espaço do Conhecimento da UFMG promove novo encontro do projeto Educação na praça. A atividade será realizada neste sábado, 25 de maio de 2024, às 14h. A entrada é gratuita e aberta ao público.

O bate-papo, direcionado a alunos de licenciatura, professores da rede de educação básica, educadores de museus e demais interessados, recebe até 40 participantes, mediante inscrição por formulário on-line. Serão emitidos certificados para os inscritos. A atividade será acessível na Língua Brasileira de Sinais (Libras). O intuito é contribuir com o fomento de reflexões coletivas e ações emancipatórias para a construção de práticas educativas em um contexto de profundas e históricas negações de direitos.

De quais formas a colonialidade se expressa na educação escolar das pessoas pobres? Como ela é questionada por meio da resistência e existência desses sujeitos? Para abordar essas questões, a roda de conversa receberá Bárbara Ramalho, professora da UFMG e autora da tese A escola dos que (não) são: concepções e práticas de uma educação (anti)colonial, e Lorrayne Rodrigues, artista plástica e integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas. Ao longo do encontro será proposto um diálogo sobre a ocupação urbana Marielle Franco, a Escola Municipal Anderson Gomes, as representações majoritárias sobre a pobreza, seus vínculos e consequências no ambiente escolar.

Evasão
O acesso equitativo à educação de qualidade é uma responsabilidade global que faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O cumprimento desses objetivos é marcado pela desigualdade, afetando sobretudo as populações vulnerabilizadas e grupos minorizados. Segundo dados do Censo Escolar 2023, o ensino médio é o nível de escolaridade que apresenta as maiores taxas de evasão no Brasil, alcançando 5,9%. Os indicadores se agravam para a educação especial (6,2%) e para o recorte de pessoas pretas ou pardas (6,3%).