Planetário promove sessões comentadas sobre corpos celestes ofuscados pela paisagem urbana
Galáxias, aglomerados, nebulosas, estrelas e a própria Via Láctea são ofuscados pela forte luminosidade emitida por postes, holofotes, faróis, painéis e lâmpadas que permeiam os meios urbanos. Durante todo o mês de janeiro, às terças e sextas-feiras, às 16h, o Espaço do Conhecimento UFMG promove, no Planetário, sessões comentadas do filme Perdendo o céu escuro. Os ingressos, que devem ser adquiridos na recepção no dia da exibição, custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). A classificação etária é livre.
Nathalia Fonseca, assessora do núcleo de astronomia do museu, afirma que a sessão “busca conscientizar as pessoas sobre o impacto da poluição luminosa não só na visualização dos objetos celestes, mas também sobre as formas de vida na Terra". Para a doutora em física, “estamos tão imersos na vida urbana e acostumados a realizar diversas tarefas durante a noite com a iluminação artificial que não nos damos conta que isso afeta diversos aspectos da nossa vida". Segundo estudo publicado em 2023 pela Globe at Night, todos os anos há um aumento da luminosidade no céu de cerca de 9,6%, ocasionado pela iluminação artificial das cidades.
Ambiente imersivo
Em um domo de nove metros de diâmetro, os visitantes do museu podem explorar os mistérios do universo em filmes digitais fulldome e sessões comentadas. O ambiente imersivo tem projetores que permitem a exibição de sessões regulares ao longo do dia sobre as mais diversas temáticas relativas ao cosmos, em um ambiente com cadeiras reclináveis e sala climatizada. Alguns dos corpos celestes abordados no filme, como Via Láctea, Grande Nuvem de Magalhães e Plêiades, compõem o Calendário Astronômico 2023-2024, produção inédita do museu, que pode ser explorada pelo público em seus aparelhos eletrônicos.
Calendário astronômico
De solstício a solstício de inverno, a nova edição do calendário digital do museu tem como temática central os objetos de céu profundo, corpos externos ao Sistema Solar e identificáveis, em sua maioria, a olho nu. O público conhece virtualmente, mês a mês, informações sobre 13 desses objetos, como nome, classificação, distância, constelação em que se localiza, código de catalogação, curiosidades e melhores meses de visibilidade.