Quarta Doze e Trinta: camerata de cordas da UFMG interpreta Mozart, Ravel e Guerra-Peixe
Nesta quarta, 23 de outubro, a Camerata de Cordas da UFMG se apresenta na Praça de Serviços do campus Pampulha. O concerto, no âmbito do Quarta Doze e Trinta, reúne obras de Mozart, Pachelbel, Ravel, Andersen Viana, Villani-Côrtes e Guerra-Peixe, sob regência do professor Carlos Aleixo dos Reis. O recital é gratuito e aberto ao público.
O grupo, coordenado pelo professor Jessé Máximo Pereira, é formado por poucos integrantes dedicados à prática da música de câmara, adequada para pequenos e médios espaços. O concerto desta quarta será composto de três primeiros violinos, quatro segundos violinos, quatro violas, quatro violoncelos e um contrabaixo. A camerata integra o processo de iniciação à prática instrumental coletiva da Escola de Música da UFMG,
Repertório
A apresentação reúne peças de compositores de diferentes épocas e origens. A Serenata nº 13 para cordas em sol maior, conhecida como Eine kleine nachtmusik (Uma pequena serenata noturna), é considerada uma das mais célebres composições de Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791). A obra foi escrita em 1878 e publicada postumamente em 1827.
Pavane pour une infante défunte (Pavana para uma infanta defunta) foi escrita em 1899 pelo compositor francês Maurice Ravel (1875-1937). O título da obra não evoca nenhum momento histórico ou morte trágica, apenas foi escolhido pela repetição consecutiva de sons idênticos ou parecidos na língua francesa. A pavana é uma dança cortesã europeia, popular nos séculos 16 e 17.
Composta em 1998 pelo compositor mineiro Andersen Viana, a Suíte de canções infantis brasileiras para orquestra de cordas reúne diversas canções do folclore infantil brasileiro, como Marcha soldado, Terezinha de Jesus, Nesta rua e Peixe-vivo.
Originalmente escrita para três violinos e baixo contínuo, o grupo vai apresentar uma versão para a obra Canon in D, escrita pelo compositor alemão Johann Pachelbel (1653-1706).
As Cinco miniaturas brasileiras, compostas originalmente para flauta doce e piano, receberam diversas adaptações devido ao seu sucesso, inclusive para orquestra de cordas. As miniaturas foram compostas em 1978 pelo pianista mineiro Edmundo Villani-Côrtes.
Também integra o repertório a peça Mourão, composta por César Guerra-Peixe (1914-1993). Considerada o hino do Movimento Armorial, iniciativa artística baseada na valorização da cultura do Nordeste brasileiro, a canção foi inspirada no som das rabecas do folclore nordestino.