Chacina de Unaí completa 15 anos, e luta contra o trabalho escravo permanece
Entrevista no programa Conexões relembrou a chacina e abordou trabalho escravo no país
Nesta semana, é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data é marcada pelo dia 28 de janeiro, e foi instituída em homenagem aos auditores-fiscais Eratóstenes de Almeida, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados durante investigação de denúncias de trabalho escravo em Unaí, Minas Gerais.
Conhecido como Chacina de Unaí, o crime, que completa 15 anos em 2019, foi encomendado pelos fazendeiros Antério e Norberto Mânica, que haviam sido denunciados por denúncias de violações trabalhistas.
De acordo a legislação brasileira, o trabalho escravo moderno afeta não apenas o princípio da liberdade de ir e vir, mas também as condições de dignidade da pessoa humana. Assim sendo, quatro elementos podem caracterizar o trabalho escravo: condições degradantes de trabalho, jornada exaustiva, trabalho forçado e servidão por dívida.
Em 1955, o Brasil se tornou um dos primeiros países do mundo a reconhecer a existência de trabalho escravo. De lá até 2014, cerca de 50 mil trabalhadores em condições degradantes foram resgatados.
O auditor fiscal do trabalho Marcelo Campos, presidente da Delegacia Sindical de Minas Gerais – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), falou sobre os 15 anos da Chacina de Unaí e sobre o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 29.
No ano passado, a pedido do Sinait, um quadrinista contou a história da Chacina de Unaí em uma HQ. A revista tem três capítulos pode ser lida no site da entidade.