Institucional

Rodrigo Pacheco: educação superior de qualidade é 'condição para uma democracia forte'

Presidente do Senado é homenageado pela UFMG por apoio às universidades e aos institutos federais mineiros, o que inclui destinação de recursos de emendas parlamentares

Rodrigo Pacheco e Sandra Goulart:
Rodrigo Pacheco e Sandra Goulart: diálogo e sensibilidadeFoto: Jebs Lima | UFMG

“A valorização e o apoio às universidades e aos institutos federais são prioridade do meu mandado à frente do Senado Federal. Quero ser identificado como alguém que luta pelo ensino superior de Minas Gerais. A educação superior de qualidade é fundamental para a formação de pessoas que não sejam vulneráveis e contaminadas, e é condição para fortalecimento da democracia”, afirmou, na tarde desta sexta-feira, dia 23, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Ele foi homenageado pela UFMG em reconhecimento ao apoio que tem prestado às instituições mineiras, incluindo a destinação de emendas parlamentares em 2023 e 2024.

No ano passado, a UFMG recebeu R$ 11,3 milhões – do total de R$ 51 milhões repassados às 11 universidades federais sediadas em Minas Gerais. Os recursos têm sido utilizados para aprimorar a infraestrutura de ensino, pesquisa e extensão, viabilizar atividades de gerenciamento ambiental e biossegurança nos campi e modernizar a infraestrutura de tecnologia da informação. Neste ano, Pacheco destinou mais 28 milhões para as universidades e igual valor para os institutos federais sediados no estado. Esses recursos foram contingenciados pelo Ministério da Educação, e o senador garantiu que tem feito gestões para a liberação dos valores. Do total, caberão à UFMG R$ 2,5 milhões.

“Agradecemos ao senador Rodrigo Pacheco por todo o apoio que nos tem dado, por sua capacidade de diálogo e por sua sensibilidade com temas que nos são caros, como a educação superior, a ciência, a cultura, a liberdade de cátedra e de imprensa e a democracia”, disse a reitora Sandra Regina Goulart Almeida. Ela ressaltou que Pacheco “reconhece as instituições mineiras como patrimônio do Brasil e um precioso bem público, dedicadas à formação de pessoas e à produção de conhecimento, ao bem comum e ao bem-estar de toda a população e comprometidas com o desenvolvimento e econômico e social do país, com oportunidades iguais para todos”.

‘Precisamos parar de exportar mineiros’
A mesa principal da cerimônia, realizada no Conservatório UFMG, foi formada também pelo ministro do Tribunal de Contas da União Antonio Anastasia, pelo presidente do Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior (Foripes) de Minas Gerais, Demetrius David da Silva, e pelo vice-reitor da UFMG, Alessandro Fernandes Moreira.

O Foripes também homenageou o senador Rodrigo Pacheco. O presidente do Fórum salientou que, pela primeira vez, há a oportunidade de diálogo tão próximo com o chefe de um Poder da República. “Há dez anos as universidades sofrem com o subfinanciamento e com grande dificuldade de cumprir seus compromissos, e por isso os recursos das emendas recentes têm importância estratégica”, afirmou Demétrius da Silva.

Antonio Anastasia deu testemunho da dedicação de Rodrigo Pacheco à causa da educação, em Minas e também no plano nacional. “Ele compreende que nosso estado tem capital humano de grande qualidade, e nosso esforço deve ser por viabilizar que as pessoas desenvolvam aqui seus talentos. Precisamos parar de exportar mineiros, e as universidades e institutos são o caminho para isso”, enfatizou o ex-governador de Minas e ex-professor da Faculdade de Direito da UFMG.

Pacheco:
Pacheco: sociedade com senso críticoFoto: Jebs Lima | UFMG

Respeito à ciência e defesa da democracia
Rodrigo Pacheco lembrou que assumiu a Presidência do Senado em meio a dificuldades nas relações institucionais e à crise da pandemia de covid-19. “Naquele momento trágico, os homens públicos foram testados, e tenho orgulho de dizer que me incluo entre aqueles que fizeram a opção pelo respeito à ciência. Mais tarde, houve a iminência de um golpe de Estado, e me posicionei a favor da democracia e contra os ataques a diversas instituições e segmentos, incluindo o ensino superior e as universidades”, disse.

Segundo o senador, ao lado da imprensa e do sistema de Justiça, a educação e seus profissionais devem ser preservados, porque são responsáveis pela formação de uma sociedade com senso crítico. “Nossas realizações podem ser muitas, mas sempre me pergunto o que vai fazer o país melhor. E só a educação será capaz de transformar o Brasil numa grande nação.”

Sandra Goulart afirmou que a homenagem prestada hoje ao senador tem duplo significado: “o de reconhecimento por seus gestos e atos em prol das instituições mineiras e o da honra e orgulho que sentimos por ser assim reconhecidas e valorizadas, depois que, contra todos os óbvios sinais de nossa relevância social e do nosso impacto regional, as instituições foram atacadas tanto no plano material quanto no simbólico”.

Sandra Goulart:
Sandra Goulart: liberdade e autonomia universitáriaFoto: Jebs Lima | UFMG

A reitora da UFMG fez questão de lembrar que, em momento crítico da história das universidades federais brasileiras, o senador Rodrigo Pacheco teve “papel inestimável” ao assegurar que a UFMG tivesse a reitora que sua comunidade elegeu, enquanto a muitas instituições foi negado o direito de escolher seus dirigentes. “A UFMG agradece ao senador por todas as gestões feitas, com outras figuras políticas mineiras, em nome da liberdade, da democracia e da autonomia universitária”, afirmou Sandra Goulart.

Quase inviabilidade
O anúncio da destinação da emenda parlamentar da autoria do senador Rodrigo Pacheco foi feito há exatamente um ano, em 23 de agosto de 2023. Na ocasião, a reitora da UFMG informou que a emenda contemplava recursos cobertos pela rubrica capital, vinculada à melhoria da infraestrutura, segmento do orçamento que vinha sendo duramente atingido nos últimos anos. O ato de Pacheco era resultado de reunião, realizada em agosto de 2022, com dirigentes de instituições federais de ensino superior de Minas Gerais. Os dirigentes argumentaram então que a redução orçamentária e a inflação alta levavam as instituições a situação próxima à de inviabilidade de funcionamento, prejudicando as atividade de ensino, pesquisa e extensão.

A partir da esquerda, Alessandro Moreira, Rodrigo Pacheco, Sandra Goulart e Antonio Anastasia
A partir da esquerda, Alessandro Moreira, Rodrigo Pacheco, Sandra Goulart e Antonio Anastasia Foto: Jebs Lima | UFMG

A TV UFMG também acompanhou a homenagem. Assista à reportagem.