Maio Amarelo busca sensibilizar a sociedade para um trânsito menos violento
Acidentes de trânsito são a 8ª maior causa de morte no país, embora o número tenha reduzido 30% entre 2011 e 2020
Estamos no Maio Amarelo, ação que busca sensibilizar a sociedade para os altos índices de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. No país, o movimento foi criado em 2014 pelo Observatório Nacional da Segurança Viária, como desdobramento de uma resolução da Assembleia Geral da ONU que definiu o período entre 2011 e 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) havia contabilizado, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes em 178 países e aproximadamente 50 milhões de pessoas que ficaram com sequelas após acidentes de trânsito. No Brasil, houve uma diminuição de 30% dos óbitos relativos à causa no mesmo período. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito, em 2011 foram quarenta e duas mil, contra trinta mil em 2020. Mas a meta acordada com a OMS e a ONU era de uma redução de 50% e as batidas e atropelamentos são a oitava principal causa de morte no país. Desconsiderando as doenças, os acidentes ficam em segundo lugar nesse ranking, atrás apenas da violência interpessoal, segundo dados da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. O Ministério da Saúde brasileiro ainda registrou um aumento de 10% de internações por causas relacionadas a batidas de trânsito no país em 2021 em relação ao ano anterior, mesmo em meio à pandemia da covid-19. Tendo em vista essa realidade complexa, o objetivo do Maio Amarelo é colocar em pauta o tema da segurança viária e mobilizar diversos segmentos - órgãos de governo, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada - todos engajados em ações de conscientização, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas. Para mais informações sobre o movimento, acesse a página maioamarelo.com.
O programa Conexões conversou com José Elievam Bessa Júnior, professor do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da UFMG, coordenador do Mestrado em Geotecnia e Transportes na UFMG e coordenador da área de temática de Tráfego Urbano e Rodoviário da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET).