Manchas de petróleo no litoral brasileiro preocupam o país
Coordenadora técnica do Lepetro/UFBA falou sobre ações de contenção e consequências desse desastre ambiental
Há quase dois meses, o nordeste brasileiro sofre com o aparecimento de manchas de óleo ao longo de sua extensão litorânea. Até o momento, já são mais de dois mil quilômetros, 201 praias e oito estados atingidos. Apenas no último dia 21, o governo brasileiro anunciou o apoio do exército na limpeza das áreas atingidas, enquanto a Marinha e o Ibama fazem um trabalho de monitoramento e investigação da origem desse óleo.
A Petrobras é a principal responsável pela organização e pelo treinamento de agentes capazes de auxiliar na limpeza da região, porém, nos últimos dias, tem chamado atenção a ação voluntária de moradores, que trabalham na limpeza das praias por iniciativa própria, sem os devidos equipamentos de proteção e as orientações corretas de descarte.
Recentemente, equipe do Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA) descobriu uma forma de reutilizar o petróleo coletado, transformando-o em carvão. Agora, serão feitas novas análises para identificar a real aplicação do produto.
No programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, a coordenadora técnica do Laboratório de Estudos do Petróleo (Lepetro), Sarah Rocha, que é também química da UFBA, falou sobre as consequências desse desastre ambiental e as possíveis ações de redução de danos. A entrevista foi ao ar nesta quinta-feira, 24.