Morre o professor Aroldo Fernando Camargos, da Faculdade de Medicina
Professor emérito, vinculado ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, ele será velado nesta terça, 27, das 8h às 11h, no Salão Nobre da unidade
O professor Aroldo Fernando Camargos, da Faculdade de Medicina da UFMG, morreu hoje (segunda, 26 de agosto). O velório será nesta terça-feira, 27, das 8h às 11h, no Salão Nobre da Faculdade (Avenida Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia).
Docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia por 33 anos, Aroldo recebeu, em 2015, o título de professor emérito da UFMG. Fundou e coordenou, por mais de uma década, o Laboratório de Reprodução Humana – único centro em Minas Gerais que oferece tratamentos de reprodução humana assistida para pacientes do SUS –, que foi batizado com seu nome. Ministrou todas as disciplinas do departamento para graduação e coordenou o curso de pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia da UFMG. Foi representante em órgãos colegiados e comissões, assessor da Capes e do CNPq. Ele deu nome à turma 131, formada em 2012.
Aroldo Camargos publicou centenas de artigos em periódicos, capítulos de livros e resumos em anais de congressos. É autor de três livros didáticos em seu campo de atuação, incluindo Ginecologia ambulatorial, referência em cursos de graduação de todo o país.
Ética e humanidade
“Hoje, nos despedimos de um mestre, um visionário e um amigo querido. Aroldo Fernando Camargos não foi apenas um brilhante acadêmico, mas também um exemplo de dedicação, ética e humanidade”, escreveram as professoras Márcia Cristina França Ferreira e Flávia Ribeiro de Oliveira, colegas de departamento.
No texto, elas lembram que Aroldo foi aluno de Medicina da UFMG, fez o mestrado também na Universidade e concluiu o doutorado em Londres. Presidiu a Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH).
“O professor Aroldo inspirou centenas de médicos e orientou mais de 50 alunos de pós-graduação. Mesmo depois de diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica, continuou a produzir conhecimento e a trabalhar apaixonadamente pela ginecologia, com resiliência e dedicação”, revelam Márcia Ferreira e Flávia Oliveira. “Sua contribuição para a medicina e para a vida de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo é imensurável. Seu legado continuará a inspirar e guiar gerações futuras", concluem.