Programa Universo Literário aborda, em entrevista, o universo dos 'instant books'
Escritor Luis Alberto Brandão, professor da Faculdade de Letras da UFMG, falou sobre o tema
Os instant books não são um formato necessariamente novo, mas têm ganhado mais espaço, recentemente, no mercado editorial. São produções em formato físico ou virtual, em que as obras se caracterizam pelo fôlego e pela rapidez na produção. Livros que apresentam reflexões sobre episódios ainda recentes da história e que, muitas vezes, ainda são acompanhados nos noticiários, sanando um desejo por certa profundidade dessas informações.
O formato de produção ganhou notoriedade em 1964, quando, poucos meses após o assassinato do presidente americano John F. Kennedy, em Dallas, a tragédia foi usada como mote de um livro de mais de 700 páginas sobre o caso, com venda de mais de 1,7 milhão de cópias impressas. No Brasil, em 1992, a Geração Editorial publicou República na Lama, livro do jornalista José Nêumanne Pinto, que trata da queda do ex-presidente Fernando Collor. Em 2013, a Boitempo publicou Cidades rebeldes: Passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil, ainda no fervor dos protestos que abalaram o país.
Mais recentemente, com a pandemia da covid-19, a busca por obras que trouxessem reflexões sobre o momento e as demais discussões que são abordadas pelos noticiários aqueceu esse mercado. Nesta sexta-feira, 19, o programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, levou ao ar entrevista sobre os instant books, com o escritor e professor da Faculdade de Letras da UFMG Luis Alberto Brandão.