Projeto monitora, previne e ajuda a combater incêndios no Cerrado brasileiro
Pesquisadores do IGC desenvolveram modelo de espalhamento do fogo, que calcula e prevê o seu comportamento no bioma com base em dados de satélites
As mudanças climáticas e as queimadas de origem criminosa têm contribuído para o agravamento dos incêndios florestais. Abrigando cerca de 30% de toda a biodiversidade brasileira, o Cerrado é um dos biomas mais afetados, com perdas significativas para a fauna, flora e também para as propriedades privadas. Com o objetivo de contribuir para a proteção desse bioma, o projeto FIP - Monitoramento do Cerrado, parceria da UFMG com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolveu modelo de propagação do fogo, que calcula o comportamento dos incêndios florestais e focos de calor em tempo real.
Os dados utilizados para esse cálculo são recebidos por satélites e processados pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto de Geociências (IGC). Essas informações estão associadas a variáveis como inclinação do solo, direção e intensidade do vento e umidade da vegetação do local. Com base nelas, o modelo fornece a probabilidade do espalhamento do fogo e as possibilidades de alcance dessa propagação, o que ajuda potencialmente as brigadas e o Corpo de Bombeiros no trabalho de prevenção e combate.
O professor e pesquisador Ubirajara de Oliveira falou sobre a ferramenta em entrevista à TV UFMG.
Equipe: Beatriz Abrahão (produção, reportagem e edição de conteúdo), Olívia Resende (locução e edição de conteúdo), Lucas Tunes (imagens), Ravik Gomes (imagens), Marianna Teixeira (videografismo) e Marcelo Duarte (edição de imagens).