Aquecimento global: é real ou não é real? No século em que vivemos, ficou popular no mundo o discurso de sustentabilidade e ecologia, mas há quem não concorde com os alertas em relação ao estado do meio ambiente, como o próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que em 2012 usou sua conta no Twitter para dizer que “o conceito de aquecimento global foi criado pelos chineses e para os chineses com o objetivo de tornar a indústria dos EUA menos competitiva”. Bom, o fato é que o aumento da temperatura do planeta, causado pela emissão de dióxido de carbono, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, é consenso entre 97% dos pesquisadores da área. Porém, a pesquisa de Daniel Reis Silva, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFMG e vencedora de uma categoria do Grande Prêmio de Teses, revela que corporações do setor de energia dos Estados Unidos financiaram, por três décadas, campanha de relações públicas com intuito de influenciar a opinião pública e produzir controvérsias sobre o aquecimento global. O professor da Universidade Federal de Santa Maria e autor da pesquisa vencedora do Grande Prêmio de Teses, "Relações Públicas, ciência e opinião: lógicas de influência na produção de (in)certezas", Daniel Reis Silva, conversou com o programa Expresso 104,5, da rádio UFMG Educativa, nessa segunda-feira, 3.

A pesquisa “Relações Públicas, ciência e opinião: lógicas de influência na produção de (in)certezas”, Daniel Reis Silva. A pesquisa, defendida no ano passado, propõe desvendar a campanha que tenta desacreditar o conceito de aquecimento global e está disponível no site.