UFMG assina na China acordo de cooperação com países lusófonos
Declaração elaborada em fórum de reitores incentiva mobilidade de estudantes e de profissionais
A UFMG deu mais um passo para intensificar sua cooperação internacional com a China e com outros países de Língua Portuguesa, ao assinar, no último fim de semana, a Declaração de Macau sobre a cooperação no ensino superior, na solenidade de encerramento de fórum de reitores, realizado de 26 a 30 de outubro, em Macau.
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida avaliou como oportuno o momento para a parceria. “São quase 300 milhões de lusófonos no mundo, um contingente inegavelmente expressivo. São populações que, ainda que dispersas geograficamente, são e sempre estarão associadas por meio de um mesmo legado. Temos uma longa história em comum, e a proposta de parceria tem grande potencial. Acreditamos que é chegada a hora de atuarmos para realizá-lo”, afirmou.
A reitora, que participou da primeira sessão do Fórum dos Reitores de Ensino Superior da China e dos Países de Língua Portuguesa acompanhada do diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Saliba, saudou a iniciativa, pelo que ela representa de “extraordinário investimento no ser humano e no seu perene aperfeiçoamento”. E disse acreditar que esta é uma “oportunidade única no mundo”, para a formação de uma sociedade global do conhecimento com características lusófonas, por meio desse poderoso instrumento linguístico comum.
Em sua opinião, trata-se também de oportunidade de conduzir mais pesquisas e publicações conjuntas “com o fito de dar mais impacto e visibilidade ao que realizamos, em face da condição de excelência e relevância que nossas instituições têm para nossas respectivas sociedades”.
O compromisso assumido entre os países, de acordo com a Declaração, significa reunir esforços para a promoção de intercâmbio e cooperação multicultural, colocar em prática a visão comum relativa à educação transnacional/transregional, com incentivo à mobilidade de estudantes e profissionais, incentivar a cooperação industrial e comercial entre mercados emergentes dos países envolvidos e reforçar o planejamento conjunto, de longo prazo, para promover a cooperação em áreas como educação, cultura e desenvolvimento econômico.
Uma rota
O evento teve como tema O papel de uma faixa, uma rota, para os países de língua portuguesa, em referência ao desenvolvimento conjunto da Faixa Econômica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda do século 21, resumido em ‘uma faixa, uma rota’, que abrange o interior da China, a Região Administrativa Especial de Hong Kong, a Região Administrativa Especial de Macau e os países de Língua Portuguesa.
Os organizadores do fórum ambicionam ainda a construção da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, que inclui as cidades da província de Guangdong e as Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e Macau.
O fórum foi promovido pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Superior e pelas universidades de Macau e de São José. Também integraram a sessão representantes das universidades Normal do Sul da China, Pedagógica de Moçambique, Mandume Ya Ndemufayo, de Angola, e do Minho, de Portugal.