'Útero terra' reúne contos sobre as pessoas comuns do sertão mineiro em conexão com o cerrado
Em seu segundo livro ficcional, escritor montes-clarense Mércio Mota Antunes se baseia em vivências pessoais próprias
O fio condutor que une os 23 contos de Útero terra é a trajetória biográfica de um garimpeiro submerso pelos dilemas urbanos que desaguam no mundo rural. Segundo o autor da obra, Mércio Mota Antunes, os textos não romantizam o sertão, mas sim expressam a insatisfação dos sertanejos com o jogo social e político do interior do Brasil. As histórias ilustram as lutas por justiça social daqueles que vivem na região e partem da interseção entre o ambiente e os contextos sociais para traçar um retrato dos homens e mulheres do local.
Em entrevista ao programa Universo Literário desta terça-feira, 21, o escritor e advogado reforçou a conexão do livro à natureza do sertão e às particularidades do cerrado, mas destacou que Útero terra vai muito além de um simples retrato do interior mineiro. Para o autor, os contos são "uma interlocução entre os processos urbanos e os processos do campo", inspirados pela ligação pessoal de Mota com a região do sertão, onde nasceu e cresceu, mas também pelas relações que construiu na cidade, onde atualmente vive.
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Produção: Alexandre Miranda, sob orientação de Alessandra Dantas e Hugo Rafael
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Alessandra Dantas