Para popularizar a ciência
Instituições mineiras receberão R$ 4 milhões para investir em projetos de divulgação científica no estado
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) lançaram, na semana passada, dois editais que preveem a liberação de R$4 milhões para apoiar a divulgação de ciência em universidades públicas ou confessionais e de instituições de ciência e tecnologia.
Cada edital vai disponibilizar R$ 2 milhões para estruturas de comunicação e para projetos de popularização do conhecimento, como forma de facilitar a disseminação e a democratização da informação sobre a produção de ciência e tecnologia em Minas Gerais e suas implicações na vida dos cidadãos e promover a melhoria da qualidade do ensino nas escolas. Os últimos editais com essa finalidade foram publicados em 2011. “O objetivo é, sobretudo, estimular atividades inovadoras e criativas, envolvendo todas as instituições de ciência e tecnologia do estado”, explicou o diretor científico da Fapemig, Paulo Sérgio Beirão, professor do ICB.
Apelo
Beirão observou que a presença de muitos pesquisadores no evento de lançamento dos editais, durante a abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Minas Gerais, realizada no ICB, representava um indício da valorização crescente dada à atividade. Beirão citou pesquisa recente do professor Yuri Castelfranchi, da Fafich, que mostra que a população é ávida por ciência. “Em algumas áreas, até supera o interesse por temas de reconhecido apelo, como esportes, o que mostra que iniciativas nessa área terão boa receptividade”, afirmou.
Os editais estão disponíveis para consulta na página da Fapemig.
A pró-reitora de Pesquisa da UFMG, Adelina Martha dos Reis, que representou o reitor Jaime Ramírez na cerimônia, lembrou que o crescimento da pesquisa no país está condicionado a sua visibilidade. “É preciso que a população saiba e reconheça o que significa fazer ciência no país e os seus resultados”, avaliou. “Contamos com pesquisadores competentes, que trabalham muito, mas faltam recursos para que essa pesquisa possa ser levada a outro patamar”, destacou.