Antídoto para a escassez
Proposta de regulamentação de reúso da água feita por INCT sediado na UFMG é inédita em Minas Gerais
Integrantes do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em ETEs Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis), sediado na Escola de Engenharia da UFMG, participaram ativamente da elaboração de proposta de reúso de água para Minas Gerais. A prática ainda é inédita no estado e pouco comum no Brasil. A proposta prevê economia de recursos, evita desperdícios e contribui para mitigar problemas de escassez hídrica.
Discutido por mais de um ano pelos pesquisadores que integram o INCT, juntamente com técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), o documento segue para os trâmites institucionais e, se aprovado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos, será publicado como deliberação normativa.
Proveniente do tratamento de esgoto, a água para reúso é obtida após passar por uma série de etapas, a fim de evitar problemas de saúde pública ou desequilíbrios ambientais. O estudo do INCT ETEs Sustentáveis prevê, entre outros cuidados, que a água não poderá ser utilizada para consumo humano ou para regar jardins ou campos de futebol, onde há maior possibilidade de contato com as pessoas.
O esgoto é composto de 99,9% de água e, após tratado, é destinado a um corpo hídrico. Com a regulamentação do reúso, esse material tratado poderá ser destinado, por exemplo, à agricultura, pilar fundamental da economia brasileira, que responde por cerca de 70% do consumo de água no país. O reúso, especificamente na forma de fertirrigação, supre parte da demanda hídrica dos cultivos e aporta importantes nutrientes para o crescimento das plantas.
Mais informações sobre o INCT ETEs Sustentáveis podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-1946 e pelo e-mail inct.etes.sustentaveis@gmail.com. Em vídeos, o professor Rafael Bastos e a diretora do IGAM, Marilia Melo, abordam o assunto.