Participar do futuro
Novo PDI será elaborado com contribuições da comunidade; website concentra informações sobre o processo
Está no ar a página na internet, que vai concentrar, ao longo dos próximos meses, as informações sobre o processo de elaboração do novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), referente ao período 2018-2023. O site reúne os textos de referência para a discussão – que serão atualizados à medida que o processo avançar –, cronograma, notícias, orientações sobre mecanismos de participação da comunidade e documentos complementares.
A participação da comunidade se dará por meio de críticas e sugestões individuais e outras geradas por discussões nas unidades acadêmicas e debates em três audiências públicas, nos campi Pampulha, Saúde e Montes Claros. Além disso, a Comissão de Sistematização do PDI propõe que grupos interessados nos mais diversos temas também se mobilizem para enviar propostas.
Para o presidente da Comissão, professor Ricardo Takahashi, o PDI é uma determinação legal, mas deve ser encarado, principalmente, como uma oportunidade especial para a Universidade. “Muito mais do que atender a uma obrigação formal, vale a pena enxergar o Plano como um documento em que a instituição sintetiza a análise sobre seu passado e projeta o futuro, de curto e longo prazos”, diz Takahashi, que é assessor especial da Reitoria.
Reflexão e síntese
O cronograma do processo de elaboração do PDI 2018-2023 prevê que, até 31 de agosto, sejam encaminhadas à Comissão de Sistematização as sugestões das unidades acadêmicas, que promoverão, segundo seus próprios critérios, discussões internas. Nos dias 22 (campi Pampulha e Saúde) e 29 de agosto (campus Montes Claros), serão realizados grandes encontros que também servirão para reflexão e síntese das contribuições da comunidade. O documento final será entregue pela Comissão de Sistematização no dia 28 de setembro, e o novo PDI seguirá para aprovação do Cepe e do Conselho Universitário em outubro deste ano. Este é o terceiro Plano da UFMG – os outros foram referentes aos períodos 2008-2013 e 2013-2018.
Textos preliminares sobre os eixos orientadores do Plano estão publicados no site. Com base na leitura desse material, os membros da comunidade universitária poderão enviar opiniões, críticas e sugestões para o e-mail pdi2018-2023@ufmg.br.
Com relação às discussões nas unidades acadêmicas, a Comissão recomenda que a estrutura formal em que UFMG está organizada – cursos, departamentos e congregações – seja mobilizada, como forma de garantir que o PDI contemple a diversidade da instituição. Nas três audiências públicas, a Comissão de Sistematização vai debater com a comunidade as bases conceituais do texto e reunir sugestões.
Retrato abrangente
O Plano de Desenvolvimento Institucional também vai se beneficiar de conceitos e informações dos documentos anteriores e de processo de autoavaliação iniciado há cerca de quatro anos no âmbito da Comissão Própria de Avaliação (CPA), que tem elaborado retrato institucional abrangente da graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão, gestão de pessoas, planejamento e infraestrutura. Relatórios anuais são publicados no site da UFMG e em canal de comunicação on-line com o Ministério da Educação.
“Os resultados de visita de avaliadores externos, em 2017, também ajudaram a compreender os caminhos percorridos pela UFMG na vigência do PDI 2013-2018”, diz a professora Cristina Alvim, presidente da CPA e também integrante da Comissão de Sistematização do PDI. Segundo ela, amadureceu, nos últimos anos, a relação entre planejamento e avaliação institucional na UFMG. “A elaboração do terceiro PDI certamente vai refletir a experiência adquirida com os planos anteriores. E o novo documento vai estabelecer caminhos para o processo avaliativo futuro e sua interação com todo o planejamento da Universidade”, afirma a professora.
Os textos que servirão de base para as discussões foram produzidos pela Comissão de Sistematização do PDI. Além de Ricardo Takahashi e Cristina Alvim, integram o colegiado a diretora de Avaliação Institucional, Viviane Birchal, o professor Hugo da Gama Cerqueira, da Face, pró-reitor de Planejamento na última gestão, representantes das câmaras de Graduação, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, dois servidores técnico-administrativos e dois estudantes.
Narrativa amarrada
Para Ricardo Takahashi, o Plano de Desenvolvimento Institucional tem uma característica única. “Não há outros instrumentos que abordem, da mesma forma, os rumos da instituição. O PDI contém uma narrativa amarrada discursivamente, que guia o processo oficial de deliberação na Universidade”, diz o presidente da Comissão de Sistematização.
De acordo com Takahashi, cada PDI não se esgota em si mesmo. “De um para o outro, acumulamos conhecimento e aprimoramos a reflexão. O que o Plano prevê não será cumprido integralmente em poucos anos, mas os futuros documentos serão produzidos com olhar também voltado para o último PDI, e os diversos pontos serão submetidos a novas discussões”, diz ele. “O importante é que o Plano retrate a identidade institucional “, defende.
[Versão ampliada desta matéria foi publicada no Portal UFMG, em 9/07/2018.]