Há dez anos, a graduação em direito na UFMG reveza entre a primeira e a segunda colocação no Ranking Universitário Folha (RUF), que considera a avaliação do mercado e a qualidade do ensino das instituições públicas e privadas brasileiras, dentre outros critérios, para estabelecer a qualidade dos cursos superiores do Brasil. Este é um dos fatores que torna a UFMG um destino desejado por estudantes de direito até de outras universidades federais, que participam de programas de mobilidade nacional.
Egressos da Vetusta Casa de Afonso Pena, apelido carinhoso difundido entre a comunidade acadêmica da Faculdade de Direito da UFMG há várias gerações – costumam ser procurados ativamente por instituições públicas e privadas que oferecem posições de estágio. Antes mesmo de concluir o curso, os graduandos respondem por altos índices de aprovação na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – acima de 80%; depois de formados, têm bom desempenho, também, em concursos públicos para cargos concorridos, em órgãos como Defensoria Pública, Ministério Público, Polícia Civil e tribunais de justiça.
Com currículos semelhantes, os cursos de direito noturno e diurno têm entradas distintas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A formação generalista, ao mesmo tempo em que oferece condições para o ingresso na carreira pública, possibilita o exercício da advocacia, seja em escritórios particulares ou nos serviços de consultoria para empresas. Uma das áreas em ascensão envolve a mediação e a arbitragem, que buscam solucionar problemas antes do acionamento do Poder Judiciário.
A arbitragem é a principal área de interesse da formanda Clara Carvalho e Silva, 22, que no último ano do curso conseguiu uma bolsa de intercâmbio para estudar por seis meses na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ela é uma das fundadoras do Senatus, uma sociedade de debates criada na UFMG para promover a tolerância, a qualidade na argumentação e a boa oratória. A iniciativa alcança não só os estudantes de direito, mas também de outras unidades, como a Faculdade de Ciências Econômicas (Face), bolsistas da Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump) e até mesmo alunos do ensino médio.
“O Senatus me colocou na perspectiva de aprender a falar em público, a expor minhas ideias e opiniões, a ter empatia pelo discurso do outro. E o impacto disso é crescente, com várias universidades implantando o modelo. Esse foi um diferencial para eu ganhar a bolsa da Fundação Estudar e ser admitida em Harvard. Fora do Brasil, a liderança por trás disso é bastante valorizada”, conta.
PARA SABER MAIS
Diurno: https://ufmg.br/cursos/graduac...
Noturno: https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga em 2018: 32,98 (diurno), 45,69 (noturno)
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 764,56 (diurno), 753,56 (noturno)
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2015: 5