Natural de Ilhéus, no litoral da Bahia, Grazielle Santos, 23, veio de uma família com forte tradição na produção de alimentos. “Meus pais têm uma lanchonete e meu irmão tem uma fábrica de polpa de frutas. Eu trabalhei na lanchonete desde os nove anos de idade, fazendo chocolates e bolos para vender na escola com minha mãe. Ela faz pães, queijos, bolos, salgados. Além disso, meu pai é agricultor, e a produção de alimentos começa no campo”, lembra.
A escolha por engenharia de alimentos, portanto, foi natural. Durante o percurso na UFMG, Grazielle buscou aproveitar as oportunidades oferecidas pelo curso: trabalhou quatro anos com pesquisa no Grupo de Estudos em Biotecnologia (Gebio/UFMG), prestou monitoria em disciplinas e fez intercâmbio acadêmico na Argentina, para aprimorar os estudos. Hoje, apenas seis meses após a formatura, ela trabalha como analista de pesquisa e desenvolvimento júnior no laboratório de aplicações de cacau da empresa suíça Barry Callebaut, referência mundial em cacau e chocolate.
Ofertada desde 2009, a engenharia de alimentos é uma das graduações sediadas no Instituto de Ciências Agrárias (ICA), campus da UFMG em Montes Claros, polo industrial do Norte de Minas Gerais. Segundo dados da prefeitura da cidade, a indústria é o setor de maior relevância no município, com grande atuação no ramo alimentício. Além disso, a região é reconhecida pelos altos investimentos na produção de matérias-prima para alimentos, como feijão, milho, mandioca e arroz, dentre outros.
O curso é voltado para a formação multidisciplinar de profissionais atentos à fabricação, à conservação, ao armazenamento e ao transporte de alimentos industrializados. Na UFMG, um dos diferenciais são as oportunidades de pesquisa e de extensão dentro da própria universidade. Durante o percurso, destaca-se também a pesquisa com frutos e plantas do Cerrado, bioma no qual o ICA está inserido.
A missão dos (as) engenheiros (as) de alimentos é produzir alimentos saudáveis, seguros e saborosos para a população, com menor custo e maior qualidade. Dessa forma, o mercado é amplo e permite atuação desde o beneficiamento de alimentos (como na seleção de matérias-primas, dos insumos e das embalagens, e em sua distribuição e armazenamento) até o desenvolvimento de novos produtos que atendam às necessidades do consumidor, testando formulações com valores nutricionais, aromas, sabores e consistências diversas. Também é possível supervisionar a produção, para garantir a qualidade de alimentos e bebidas, ou desenvolver novos meios de produção que não agridam a natureza, com tecnologias limpas e menor índice de resíduos poluentes.
Um exemplo da atuação do engenheiro de alimentos tanto na pesquisa quanto na extensão é o projeto Desenvolvimento de alimentos para o combate à fome e à subnutrição infantil, que pesquisou e desenvolveu um novo tipo de bebida láctea à base de soro de queijo e leite fermentado, suplementado com ferro e frutas do cerrado, que é distribuído a crianças desnutridas do Norte de Minas . Confira na reportagem do Boletim.
SERVIÇOS
Informações no Portal UFMG:
Diurno: https://ufmg.br/cursos/graduac...
Noturno: https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga em 2018: 12,9
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 676,92
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 3